top of page

Alergias alimentares na infância: diagnóstico, tratamento e impacto na vida escolar


Alergias Alimentares na Infância

As alergias alimentares na infância têm se tornado cada vez mais comuns, afetando de 6% a 8% das crianças em idade pré-escolar, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Esses quadros alérgicos não apenas comprometem a saúde da criança, mas também exigem atenção especial no ambiente escolar, onde a exposição a alérgenos pode ocorrer de forma não intencional.


Neste artigo, você vai entender tudo sobre alergias alimentares na infância: diagnóstico, tratamento e impacto na vida escolar, além de orientações práticas para pais, educadores e profissionais de saúde.


O que são alergias alimentares?


A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico a proteínas presentes em determinados alimentos, como leite, ovos, amendoim, soja, trigo, peixes e crustáceos. Ao identificar erroneamente essas proteínas como ameaças, o corpo libera substâncias inflamatórias, como a histamina, que causam os sintomas alérgicos.


É importante distinguir alergia alimentar de intolerância alimentar, que envolve dificuldade na digestão (como no caso da lactose) e não desencadeia reações imunológicas.


Principais alimentos que causam alergias em crianças


Entre os alimentos mais comumente associados às alergias na infância estão:

Alimento

Potencial alérgico

Leite de vaca

Principal causa em crianças pequenas

Ovos

Comum na primeira infância, tende a desaparecer com o tempo

Amendoim e castanhas

Podem causar reações graves e persistir por toda a vida

Soja

Frequente, mas muitas vezes transitória

Trigo

Pode estar associada à dermatite atópica

Peixes e frutos do mar

Frequentemente mais duradouros


A introdução tardia de alguns desses alimentos ou histórico familiar de alergia pode aumentar o risco de desenvolvimento da condição.


Quais são os sintomas das alergias alimentares?


Os sintomas podem surgir minutos ou até horas após o consumo do alimento e variam de leves a graves. Os principais incluem:


  • Coceira e inchaço nos lábios, boca ou garganta;

  • Urticária (manchas vermelhas e coceira na pele);

  • Vômitos, dor abdominal e diarreia;

  • Tosse, chiado no peito e falta de ar;

  • Anafilaxia (reação grave e potencialmente fatal).

A anafilaxia é uma emergência médica que requer intervenção imediata com adrenalina injetável.

Como é feito o diagnóstico das alergias alimentares na infância?

O diagnóstico das alergias alimentares na infância deve ser feito por um médico alergista, com base em:

  1. Histórico clínico detalhado: observação da relação entre o alimento ingerido e o aparecimento dos sintomas.

  2. Teste cutâneo (prick test): identifica a presença de anticorpos IgE específicos para determinados alimentos.

  3. Dosagem de IgE específica no sangue.

  4. Teste de provocação oral: feito sob supervisão médica, é considerado o padrão-ouro para confirmar ou descartar a alergia.

Evitar o alimento suspeito sem orientação médica pode dificultar o diagnóstico correto e afetar o crescimento da criança.

Como é feito o tratamento das alergias alimentares?

O tratamento das alergias alimentares é baseado em três pilares principais:

1. Exclusão do alimento causador

A retirada completa do alérgeno da dieta é essencial. Isso envolve atenção a rótulos de produtos industrializados, refeições escolares e alimentos compartilhados.

2. Suporte nutricional

A restrição alimentar deve ser acompanhada por um nutricionista pediátrico, para garantir que a criança receba todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento.

3. Plano de ação para emergências

Crianças com histórico de reações graves devem ter prescrito o uso de adrenalina autoinjetável e portar um plano de ação por escrito, que deve ser compartilhado com a escola.

Em alguns casos, a dessensibilização oral (imunoterapia alimentar) pode ser considerada em ambiente especializado.

Impacto das alergias alimentares na vida escolar

As alergias alimentares impactam diretamente o cotidiano da criança na escola:

  • Restrição alimentar no refeitório;

  • Risco de exposição acidental a alérgenos;

  • Exclusão em atividades com alimentos (festas, lanches compartilhados);

  • Ansiedade e insegurança.

É fundamental que educadores, cuidadores e colegas estejam informados sobre as restrições da criança, saibam reconhecer os sintomas de uma reação alérgica e tenham um protocolo de emergência bem definido.

O papel da escola no manejo das alergias

A escola tem um papel essencial na prevenção e resposta às alergias alimentares:

  • Treinamento dos funcionários sobre primeiros socorros em caso de reação;

  • Políticas claras para alimentos permitidos em festas e eventos;

  • Comunicação ativa com os pais ou responsáveis;

  • Inclusão e empatia para evitar o isolamento da criança.

Conclusão

As alergias alimentares na infância: diagnóstico, tratamento e impacto na vida escolar exigem uma abordagem cuidadosa, multidisciplinar e empática. Com informação adequada, suporte médico e envolvimento da escola e da família, é possível garantir segurança, inclusão e qualidade de vida para a criança com alergia alimentar.

A educação é a melhor ferramenta para prevenir riscos e promover uma convivência segura no ambiente escolar.

Comments


logotipo do site medicinal atual

MedicinAtual é o mais completo portal de conteúdos exclusivos para atualização nas especialidades médicas, artigos e pesquisas científicas, notícias, informações em saúde e Medicina.  O MedicinAtual disponibiliza ferramentas médicas que facilitam a rotina do médico ou do estudante de Medicina. O MedicinAtual reune ainda os portais PneumoAtual, AlergiaAtual e UrologiaAtual.

  • Instagram
  • Facebook

Todos os Direitos Reservados - 2025

NEWSLETTER

Cadastre abaixo e receba  as últimas atualizações de conteúdo do nosso portal médico.

Obrigado (a) por se cadastrar!

bottom of page