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Anestesia neuroaxial comparada à anestesia geral para procedimentos na metade inferior do corpo




RESUMO

A pesquisa objetiva avaliar a eficácia da anestesia neuroaxial em comparação com a anestesia geral para procedimentos na metade inferior do corpo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Anestesia Geral” e “Anestesia Caudal”. Combinados entre si pelo operador boleando AND. Como critérios de inclusão: artigos disponíveis na integra, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordassem a tematica, nos últimos cinco anos (2017-2022). Como citérios de exclusão: artigos que não contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados. A partir da busca inicial com os descritores e operador booleando definidos, foram encontrados 90 estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão foram selecionados 7 estudos para compor a amostra final. Diante do exposto, podemos perceber que o bloqueio neuroaxial é superior a anestesia geral tendo em vista maior custo benefício, menores complicações associadas.


1. Introdução

A definição mais realista de Anestesia a descreve como a provisão medicinal de amnésia, analgesia e relaxamento muscular que permite a intervenção cirúrgica em uma pessoa afetada. Durante o sonoda anestesia em um paciente, o anestesiologista é responsável por manter a homeostase das técnicas necessárias e fornecer uma experiência perioperatória segura e feliz. Todos os procedimentos cirúrgicos ou intervencionistas, algo da especialidade clínica, requeremauxílio anestésico e este, por sua vez, precisa ser adaptado às características basais do paciente (idade, sexo, comorbidades) e ao tipo de cirurgia. (Pérez Valência, 2017; Barbosa et al., 2019).


A conhecida anestesia geral é produzida com o auxílio de comprimidos farmacológicos e com ela se localiza um estado desencadeado de inconsciência acompanhado de perda decheio de reflexos defensivos, que inclui a incapacidade demanter independentemente as características respiratórias e responderadequadamente ao estímulo verbal ou comando.Indicação de anestesiageraispara tratamento odontológicode sofredores exclusivos precisam se basear totalmente nos pré-requisitos e/ouoral e/ou comportamental (da Costa & Saraiva, 2020; Imbelloni et al., 2010).


As indicações para o uso de anestesia geral frequente são: problemas extremos comproblemas de conduta ou portadores de transtornos psiquiátricos; tratamento de pacientes específicos com restrições corporais extremas emental; remediar desejos reunidos em pacientesde doenças sistêmicas; Abordagens cirúrgicas em crianças muito mais jovem o lugar é necessário um remédio considerável;pacientes com intolerância aos anestésicos locais; criançasrebeldes para os quais o remédio já não era mais possível, mesmo como recurso de pré-medicação e anestesia próxima e pacientes excepcionaisque desejam atendimento odontológico imediato (Maia, 2020; Castro et al., 2010).


A anestesia caudal já foi descrita na virada do século final por dois médicos franceses, Fernand Cathelin e Jean-Anthanase Sicard. A abordagem antecedeu o método lombar para bloqueio do nervo epidural usando vários anos. A anestesia caudal, no entanto, não ganhou reconhecimento imediatamente após seu início. Um dos principais motivos pelos quais a anestesia caudal não era mais adotada são as extensas edições anatômicas dos ossos sacrais e a conseqüente taxa de insucesso relacionada às tentativas de localização do hiato sacral (Pineda Gonzáles et al., 2021; Benka et al., 2020).


A taxa de falha de 5% a 10% tornou a anestesia peridural caudal impopular até o ressurgimento do hobby na década de 1940, liderado pelo uso de Hingson e colegas, que a usaram em anestesia obstétrica. A anestesia peridural caudal tem muitas aplicações, juntamente com anestesia cirúrgica em jovens e adultos, bem como na administração de quadros de dor aguda e contínua. 98% de sucesso pode ser alcançadosem bebês e crianças mais jovens antes da puberdade, bem como em adultos magros. O método de bloqueio do nervo peridural caudal na administração da dor foi significativamente expandido através do uso de preparação fluoroscópica e epidurografia, em que taxas de sucesso excessivas podem ser alcançadas(García et al., 2019; Rodríguez-Zepeda et al., 2018).


Diante do exposto, a pesquisa objetiva avaliar a eficácia da anestesia neuroaxial em comparação com a anestesia geral para procedimentos na metade inferior do corpo.2.

Metodologia

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde

(DeCS):“AnestesiaGeral” e “Anestesia Caudal”. Combinados entre si pelo operador boleando AND. Como critérios de inclusão: artigos disponíveis na integra, nos idiomas portuguêsn, inglês e espanhol, que abordassem a tematica, nos ultimos cinco anos (2017-2022). Como citérios de exclusão: artigos que não contemplavam o tema eestudos repetidos nas bases de dados(Ercole et al., 2014).3.


Resultados e Discussão

A partir da busca inicial com os descritores e operador booleando definidos, foram encontrados 90estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão foram selecionados 7 estudos para compor a amostra final conforme o Quadro 1.


Quadro 1



Lamoshi et al. (2021) em seu artigo identificou 97 recém-nascidos (idade gestacional corrigida mediana 39,9 semanas, IQR 6,6). A maioria (87,6%) recebeu anestesia geral (GA); o restante recebeu anestesia caudal (AC). Entre os indivíduos do GA, 25,8% permaneceram intubados por pelo menos 6 h após a cirurgia, enquanto nenhum dos pacientes AC necessitou de intubação no pós-operatório (p = 0,03). Dois fatores de risco associados à intubação pós-operatória prolongada: história de intubação antes da cirurgia (p = 0,04) e diagnóstico de displasia broncopulmonar (p = 0,03).


Krishnan et al.(2020) demonstrou que não houveram internações não planejadas em terapia intensiva. A laparoscopia permitiu reparo bilateral não planejado em 2 casos. Anestesia caudal com anestesia intravenosa sem instrumentação das vias aéreas é uma técnica viável para correção de hérnia inguinal laparoscópica. Evitar a anestesia geral endotraqueal pode reduzir as complicações perioperatórias e influenciar a disposição pós-operatória.


Fideler et al.(2020) mostrou que ss pacientes do grupo apresentaram queda significativamente maior da pressão arterial média abaixo de 35 mmHg (4,7 ± 2,7 mmHg vs. 1,9 ± 1,6 mmHg; p < 0,005) e um tempo significativamente maior de pressão arterial média abaixo de 35 mmHg (25,6 ± 26,0 min vs. 0,9 ± 2,3 min; p < 0,001), embora tenham recebido mais volume e bolus vasopressores para estabilização (27 ± 14,8 ml vs. 10 ± 4,1 ml; p < 0,01 e 0,15 ± 0,06 ml vs. 0 ml de cafedrina /teoadrenalina; p < 0,001).O estudo indica que o uso de bloqueio caudal como procedimento autônomo para reparo de hérnia inguinal em recém-nascidos de muito baixo peso pode ser vantajoso na prevenção de quedas críticas de pressão arterial em comparação com uma combinação de bloqueio caudal com anestesia geral.


Öksüz et al. (2020) afirmou que o número de pacientes que necessitaram de analgésicos nas primeiras 24 horas foi significativamente menor no grupo qlb (p=0,001). Os escores flacc pós-operatórios de 4, 6 e 12 horas foram significativamente menores no grupo qlb (p<0,001, p=0,001 ep<0,001, respectivamente). Os escores de satisfação dos pais foram maiores no grupo qlb (p=0,014). De acordo com os resultados deste estudo, o qlb pode fornecer analgesia muito mais eficaz do que o bloqueio caudal sem adjuvantes no manejo da analgesia multimodal de crianças submetidas a cirurgias de correção de hérnia inguinal e orquipexia (Nocite et al., 2020).


Narasimhan et al. (2019) medidas o tempo para a primeira analgesia de resgate, o tempo para realizar os bloqueios, hemodinâmica intra e pós-operatória, escores flacc pós-operatórios, incidência de complicações, escores de satisfação dos pais foram registrados. As crianças do grupo p tiveram duração de analgesia significativamente mais longa (pâ ̄<â ̄0,0004) do que o grupo c. Escores pós-operatórios flacc (pâ ̄<â ̄0,005) e necessidades analgésicas (pâ ̄<â ̄ 0,0004) foram menores no grupo p. A necessidade média de fentanil ao longo de 24 h no grupo p foi de 0,56 ± 0,82 μg/kg, em comparação com 1,8 ± 1,2 . ̄μg/kg no grupo c. Os pais do grupo p relataram maior satisfação (pâ ̄<â ̄0,02).

Nenhuma complicação foi observada em nenhum dos grupos. Este estudo mostrou analgesia superior e satisfação dos pais com o bloqueio paravertebral com injeção única em comparação com o bloqueio caudal com injeção única para cirurgias renais em crianças. No entanto,o desempenho do bloco em crianças requer experiência e prática adequadas.


Buehler et al. (2017) mostrou que a ocorrência geral de pelo menos um item desadaptativo foi menor no grupo de música, com uma incidência significativamente menor no dia 7 (51% vs. 77% nos controles; P <0,01). A aplicação de música intraoperatória em crianças submetidas a pequenos procedimentos cirúrgicos pode reduzir a incidência de comportamento desadaptativo pós-operatório na primeira semana.


Kasat et al. (2017)a anestesia geral exige internação em terapia intensiva pós-operatória e ventilação mecânica. O bloqueio caudal é uma alternativa atraente à anestesia geral. Apresentamos uma série de três neonatos com gastrosquise, reparados apenas sob anestesia caudal, onde tiveram excelentes desfechos(Nazal et al., 2018).


4. Considerações Finais


Diante do exposto, podemos perceber que o bloqueio neuroaxial é superior a anestesia geral tendo em vista maior custo beneficio, menores complicações associadas sendo elas intubação e/ou intubação prolongada.Então seram necessários estudos de mais valia como ensaios clínicos randomizadoscomparando ambos os tipos de anestesia para pautar a pratica e confirmar qual metodo anestésico e de fato melhor.


Referências


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