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Conheça os sintomas da deficiência de ferro

deficiência de ferro

Entre todas as carências nutricionais, a deficiência de ferro é a mais comum no mundo, afetando crianças, adolescentes, mulheres em idade fértil e idosos. O ferro compõe a hemoglobina – proteína que transporta oxigênio no sangue – e participa de reações metabólicas cruciais, como a produção de energia nas células. Sem níveis adequados desse mineral, o corpo perde eficiência para captar oxigênio, resultando em fadiga, queda na imunidade e baixo rendimento físico e intelectual.


Reconhecer os sinais precoces evita consequências mais graves, como Anemia Ferropriva, limitações no desenvolvimento infantil e complicações gestacionais. Neste guia de 1000 palavras, você descobrirá os sintomas mais frequentes, as possíveis causas e quando procurar avaliação médica.


Como o ferro age no organismo

O ferro é essencial para:


  • Formar hemoglobina, mioglobina e enzimas respiratórias.

  • Transportar e armazenar oxigênio.

  • Produzir ATP, a “moeda de energia” das células.

  • Regular a temperatura corporal e a função imunológica.

Quando as reservas caem, o corpo prioriza funções vitais e sacrifica outras menos críticas, manifestando sinais específicos.

Sintomas iniciais da deficiência de ferro

Antes de a anemia se instalar, o corpo emite alertas sutis. Muitas vezes, eles são confundidos com estresse ou rotina agitada.

Alguns exemplos incluem:

  • Cansaço fora do comum. Atividades simples parecem exigir esforço extra.

  • Palpitações leves após pequenos esforços.

  • Falta de ar em degraus curtos.

  • Pele pálida, especialmente em mucosas (lábios, pálpebras).

Se esses sinais passam despercebidos, o quadro avança.

Sintomas moderados a avançados

Com a queda progressiva do ferro, surgem manifestações mais evidentes.

Antes de listar, vale lembrar que cada pessoa apresenta sintomas diferentes conforme idade, sexo e comorbidades.

  • Tontura ou sensação de desmaio ao levantar.

  • Dor de cabeça recorrente e dificuldade de concentração.

  • Queda de cabelo ou fios quebradiços.

  • Unhas frágeis que descamam ou ficam em formato de colher (coiloniquia).

  • Inflamação na língua (glossite) causando queimação e dificultando comer.

  • “Vontade de comer gelo ou terra” (pica), um sintoma curioso relacionado à carência mineral.

  • Infecções frequentes, já que o ferro está ligado à maturação das células de defesa.

Sinais específicos em grupos de risco

Crianças e adolescentes

Nos pequenos, o déficit de ferro prejudica o aprendizado e o crescimento.

  • Irritabilidade, sonolência.

  • Baixo rendimento escolar.

  • Atraso no ganho de peso e estatura.

Gestantes

A gravidez eleva a demanda de ferro para suprir o bebê. A carência pode levar a:

  • Parto prematuro.

  • Baixo peso ao nascer.

  • Maior risco de infecção pós-parto.

Idosos

Podem confundir a fadiga com envelhecimento natural. Entretanto, a deficiência agrava doenças cardíacas e limita a mobilidade.

Causas comuns de deficiência de ferro

Um corpo saudável mantém equilíbrio entre ingestão, absorção e perdas. A deficiência surge quando o consumo é insuficiente, as perdas superam a reposição ou a absorção é prejudicada.

Dieta pobre em ferro

Vegetarianos estritos ou pessoas que consomem pouca carne podem não atingir a recomendação diária (8 mg para homens, 18 mg para mulheres).

Perdas sanguíneas

Mulheres com menstruação intensa, sangramentos gastrointestinais (úlcera, pólipo, câncer) e doadores frequentes de sangue entram em déficit.

Má absorção

Doenças como Celíaca, gastrite atrófica, pós-bariátrica e uso prolongado de antiácidos reduz a absorção intestinal.

Aumento de demanda

Crescimento rápido na infância, gestação, amamentação e atletas de endurance elevam a necessidade de ferro.

Como é feito o diagnóstico

O exame mais simples é o hemograma, que revela níveis de hemoglobina e hematócrito. Outros marcadores incluem:

  • Ferritina (estoque de ferro).

  • Saturação de transferrina.

  • Receptor de transferrina solúvel.

Em casos de anemia refratária, investigam-se perdas ocultas (endoscopia, colonoscopia) ou doenças crônicas.

Tratamento e suplementação

O tratamento envolve corrigir a causa e repor o ferro.

Mudanças na dieta

Parágrafo introdutório: Priorizar alimentos ricos em ferro heme (origem animal) aumenta absorção. Combinar fontes vegetais com vitamina C potencializa o aproveitamento.

  • Carnes vermelhas magras (patinho, coxão mole).

  • Fígado bovino (em pequenas quantidades).

  • Feijão preto e lentilha.

  • Folhas verde-escuras (espinafre, couve).

  • Sementes de abóbora.

Suplementos orais

Sais ferrosos (sulfato, fumarato) são os mais prescritos. Devem ser tomados em jejum, longe de café, leite ou chás, que reduzem a absorção.

Ferro intravenoso

Indicado quando há intolerância gastrintestinal, absorção ruim ou necessidade rápida, como em gestantes com hemoglobina < 8 g/dL.

Prevenção: hábitos que mantêm o ferro em dia

Adotar medidas simples evita recaídas:

  • Fracionar a fonte de ferro ao longo do dia.

  • Associar laranja, acerola ou kiwi às refeições principais.

  • Evitar chá preto ou café logo após as refeições.

  • Controlar perdas menstruais com orientação ginecológica.

  • Avaliar periodicamente o hemograma em gestantes, crianças e idosos.

Quando procurar um profissional de saúde

Se você apresentar fadiga persistente, palidez ou outros sintomas citados por mais de duas semanas, marque consulta com clínico geral ou hematologista. O diagnóstico precoce evita que a deficiência de ferro evolua para anemia grave.

Conclusão

Reconhecer os sintomas da deficiência de ferro é crucial para interromper o ciclo de cansaço, queda de desempenho e baixa imunidade. Uma alimentação equilibrada, aliada a exames regulares, garante níveis adequados do mineral. Com o acompanhamento adequado, é possível recuperar a energia, proteger o coração e viver com mais disposição.

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