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Dificuldade para engravidar: quando procurar ajuda?

Dificuldade para engravidar

A decisão de ter um filho é um momento especial na vida de muitos casais. Para a maioria, a gravidez ocorre naturalmente dentro de alguns meses de tentativas. No entanto, quando a gestação não acontece mesmo com relações regulares e sem uso de métodos contraceptivos, surge a dúvida: será que está tudo bem com a minha fertilidade?


A dificuldade para engravidar é mais comum do que se imagina. Estima-se que 1 em cada 6 casais enfrente esse desafio. A boa notícia é que grande parte dos casos tem solução, especialmente quando o problema é identificado precocemente.


Neste artigo, você vai entender os principais fatores que afetam a fertilidade, quando é hora de procurar um especialista e quais os caminhos disponíveis para quem deseja aumentar as chances de realizar o sonho da maternidade ou paternidade.


O que é considerado normal no tempo para engravidar

Em casais jovens e saudáveis, com relações sexuais frequentes (cerca de 2 a 3 vezes por semana), a chance de engravidar por ciclo menstrual gira em torno de 20% a 25%. Com o passar dos meses, essa chance acumulada aumenta. Por isso, considera-se normal demorar até:


  • 12 meses para casais em que a mulher tem menos de 35 anos.

  • 6 meses quando a mulher tem 35 anos ou mais.


Após esse tempo, recomenda-se procurar um especialista em fertilidade, mesmo que não haja sintomas claros de algum problema.


Principais causas da dificuldade para engravidar

A fertilidade é resultado de um delicado equilíbrio entre fatores femininos e masculinos. Alterações em qualquer um deles podem dificultar a concepção.

Fatores femininos mais frequentes:

  • Idade avançada: a partir dos 35 anos, a qualidade e quantidade dos óvulos diminuem.

  • Distúrbios da ovulação: como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).

  • Endometriose: provoca inflamação e altera a anatomia da pelve.

  • Obstrução das trompas de Falópio: dificulta o encontro entre óvulo e espermatozoide.

  • Alterações hormonais: tireoide, prolactina ou disfunção da fase luteínica.

Fatores masculinos mais comuns:

  • Baixa contagem de espermatozoides.

  • Alterada mobilidade espermática.

  • Morfologia anormal dos espermatozoides.

  • Varicocele: dilatação das veias testiculares que afeta a produção espermática.

  • Infecções ou exposição a toxinas.

Outros fatores que podem afetar ambos:

  • Estresse crônico.

  • Obesidade ou baixo peso.

  • Tabagismo e uso de álcool.

  • Exposição ocupacional a substâncias tóxicas.

Quando procurar um especialista em fertilidade

O momento certo para buscar ajuda depende de vários fatores. Em geral, o ideal é procurar avaliação quando:

  • Você tem menos de 35 anos e não engravida após 12 meses de tentativas.

  • Você tem 35 anos ou mais e não engravida após 6 meses.

  • Há histórico de abortos espontâneos recorrentes.

  • Seu ciclo menstrual é muito irregular ou você não menstrua.

  • Já houve cirurgia ginecológica, infecções pélvicas ou endometriose.

  • O parceiro já teve alterações no espermograma ou infecções genitais.

Buscar ajuda não significa que você precisa partir imediatamente para tratamentos complexos. Em muitos casos, pequenos ajustes são suficientes.

Como é feita a investigação da fertilidade

O primeiro passo é uma consulta detalhada com ginecologista, urologista ou especialista em medicina reprodutiva. Serão avaliados:

  • Hábitos de vida do casal.

  • Frequência das relações sexuais.

  • Histórico de doenças, cirurgias, medicamentos.

  • Regularidade dos ciclos menstruais.

Exames mais comuns:

  • Ultrassonografia transvaginal: avalia ovários e endométrio.

  • Dosagens hormonais: FSH, LH, estradiol, prolactina, TSH.

  • Histerossalpingografia: verifica se as trompas estão abertas.

  • Espanograma: analisa quantidade, mobilidade e morfologia dos espermatozoides.

  • Exames complementares: como curva de insulina, AMH (reserva ovariana) e exames genéticos em casos específicos.

Essa investigação orienta a escolha do melhor tratamento, de forma personalizada.

Quais são os tratamentos para infertilidade

As opções variam conforme a causa identificada, a idade da mulher e o tempo de tentativa. Entre os tratamentos estão:

1. Mudanças no estilo de vida

  • Perda de peso quando há obesidade

  • Prática regular de atividade física

  • Redução do estresse e cessar tabagismo

  • Suplementação com ácido fólico, vitamina D e antioxidantes

2. Indução da ovulação

Feita com medicamentos como citrato de clomifeno ou letrozol. Indicada em mulheres que não ovulam regularmente.

3. Inseminação intrauterina (IIU)

É um procedimento simples em que o sêmen do parceiro é preparado e inserido diretamente no útero da mulher durante o período fértil.

4. Fertilização in vitro (FIV)

É a técnica mais conhecida e indicada para casos mais complexos. O óvulo é fecundado em laboratório e o embrião transferido para o útero.

5. Cirurgias reprodutivas

Podem ser indicadas em casos de miomas, endometriose, aderências ou malformações uterinas.

A maioria dos casais consegue engravidar com algum desses recursos, dependendo da indicação e do acompanhamento adequado.

Questões emocionais e acolhimento

A jornada da fertilidade pode ser emocionalmente desafiadora. É comum que os sentimentos de frustração, culpa e ansiedade apareçam com o tempo. Por isso:

  • Converse abertamente com o(a) parceiro(a).

  • Busque grupos de apoio ou acompanhamento psicológico.

  • Mantenha-se bem informado, mas evite comparações com outros casais.

  • Entenda que infertilidade não é sinônimo de esterilidade: muitas soluções existem.

Conclusão

A dificuldade para engravidar pode ter diversas causas, mas com investigação adequada e orientação profissional, a maioria dos casais encontra solução. O mais importante é não adiar a busca por ajuda. Quanto mais cedo o problema é identificado, maiores são as chances de sucesso nos tratamentos.

Falar sobre isso, esclarecer dúvidas e buscar apoio especializado são passos fundamentais para transformar o sonho em realidade.

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