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Doença de pé-mão-e-boca: o que é, sintomas e como prevenir


pé, mão e boca

A doença de pé-mão-e-boca é uma infecção viral comum que afeta principalmente crianças pequenas, mas que também pode ocorrer em adolescentes e adultos. Causada por diversos tipos de enterovírus — principalmente o coxsackievírus — essa condição é altamente contagiosa e se espalha com facilidade, especialmente em ambientes como creches e escolas.

Apesar de, na maioria das vezes, ser uma doença leve e autolimitada, os sintomas podem causar bastante desconforto e gerar preocupação entre os pais. Saber identificar os sinais e entender como prevenir o contágio são passos fundamentais para evitar surtos e proteger as crianças.

O que é a doença de pé-mão-e-boca?

A doença de pé-mão-e-boca é uma infecção viral caracterizada por febre, feridas dolorosas na boca e erupções na pele, especialmente nas palmas das mãos, solas dos pés e, em alguns casos, nádegas, pernas, genitais ou rosto.

Ela é causada por diferentes tipos de enterovírus, sendo os mais comuns o coxsackievírus A16 e o enterovírus 71 (EV-A71). Embora seja mais comum na primavera, verão e outono, pode ocorrer durante o ano todo, especialmente em locais com aglomeração de crianças.

Como a doença de pé-mão-e-boca é transmitida?

A infecção é altamente contagiosa e ocorre principalmente por contato com:

  • Gotículas de saliva ou secreções expelidas por tosse ou espirro;

  • Feridas abertas ou bolhas na pele;

  • Fezes infectadas, especialmente ao trocar fraldas e não lavar as mãos corretamente;

  • Objetos contaminados, como brinquedos, utensílios e maçanetas.

O período de maior contágio é durante a primeira semana da doença, mas a pessoa pode continuar transmitindo o vírus pelas fezes por várias semanas, mesmo após o fim dos sintomas.

Quais são os sintomas da doença de pé-mão-e-boca?

O principal sintoma inicial da doença é a febre, que pode durar de 1 a 2 dias. Logo após, surgem úlceras dolorosas na boca e uma erupção cutânea característica nas mãos e pés.

Outros sintomas incluem:

  • Dor de garganta;

  • Falta de apetite;

  • Irritabilidade e cansaço;

  • Lesões na parte interna das bochechas, gengivas e língua;

  • Erupções com bolhas nas mãos, pés e nádegas;

  • Em alguns casos, febre alta e vômitos.

Em crianças pequenas, a dor na boca pode ser intensa, dificultando a alimentação e o consumo de líquidos, o que aumenta o risco de desidratação.

A doença pode causar complicações?

Embora a maioria dos casos de doença de pé-mão-e-boca seja leve, algumas complicações podem ocorrer, principalmente quando a infecção é causada por cepas mais agressivas, como o enterovírus 71.

Complicações raras incluem:

  • Meningite asséptica (inflamação das membranas do cérebro e medula);

  • Encefalite (inflamação do cérebro);

  • Mielite flácida aguda, que pode causar fraqueza muscular temporária.

Felizmente, essas complicações são raras e, na maioria das vezes, as crianças se recuperam completamente com tratamento sintomático.

Como é feito o diagnóstico da doença de pé-mão-e-boca?

O diagnóstico geralmente é clínico, ou seja, baseado na avaliação dos sintomas e no exame físico. As lesões típicas da boca e as erupções nos pés e mãos são sinais característicos que ajudam na identificação.

Em casos mais graves ou atípicos, o médico pode solicitar:

  • Coleta de secreção da garganta ou das fezes para exame laboratorial;

  • Testes específicos para identificar o tipo de vírus envolvido, se necessário para controle de surtos.

Qual é o tratamento para a doença de pé-mão-e-boca?

Não existe um tratamento específico para eliminar o vírus causador da doença. O foco é aliviar os sintomas e garantir que a criança permaneça hidratada e confortável durante o período da infecção.

As principais medidas incluem:

  • Analgésicos e antitérmicos (como paracetamol ou ibuprofeno) para controlar a febre e a dor;

  • Alimentação leve e líquida, para reduzir a irritação das lesões bucais;

  • Evitar alimentos ácidos, salgados ou muito quentes, que podem agravar a dor;

  • Oferecer bastante líquido, mesmo que em pequenas quantidades.

Atenção: nunca ofereça aspirina a crianças, devido ao risco da síndrome de Reye, uma condição rara e potencialmente grave.

Como prevenir a doença de pé-mão-e-boca?

A prevenção depende principalmente de boas práticas de higiene, especialmente em locais com crianças pequenas. As medidas incluem:

Lavar as mãos corretamente

  • Após trocar fraldas;

  • Após usar o banheiro;

  • Antes de preparar alimentos e alimentar a criança.

Desinfetar superfícies

  • Limpar brinquedos, móveis, trocadores e maçanetas com frequência;

  • Utilizar soluções desinfetantes (como água sanitária diluída) em áreas de troca de fraldas.

Evitar contato próximo

  • Não beijar ou abraçar pessoas infectadas;

  • Evitar compartilhar talheres, copos e toalhas;

  • Manter a criança afastada de creches ou escolas durante a fase aguda da doença.

Vacinação

Atualmente, não existe vacina aprovada no Brasil contra os enterovírus que causam a doença de pé-mão-e-boca. No entanto, três vacinas para o enterovírus EV-A71 já estão disponíveis na China, representando um avanço importante na prevenção em países com surtos recorrentes.

Quando procurar atendimento médico?

A maioria dos casos se resolve em 7 a 10 dias, mas é importante procurar o pediatra se a criança apresentar:

  • Febre persistente por mais de 3 dias;

  • Sinais de desidratação (boca seca, choro sem lágrimas, pouca urina);

  • Dificuldade para se alimentar ou beber líquidos;

  • Vômitos frequentes;

  • Convulsões ou sonolência excessiva.

O acompanhamento médico garante maior segurança e orientações individualizadas.

Conclusão

A doença de pé-mão-e-boca é uma infecção viral comum, principalmente entre crianças, e costuma ser leve e autolimitada. Mesmo assim, o desconforto causado pelos sintomas e o risco de transmissão exigem atenção.

Com bons hábitos de higiene, é possível reduzir significativamente o risco de contágio e proteger as crianças. Ao notar os primeiros sinais, é importante procurar orientação médica para aliviar os sintomas e evitar complicações.

Informar-se sobre a doença é o primeiro passo para prevenir e cuidar com mais tranquilidade.

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