Exercício físico e cérebro: o que acontece quando você se movimenta
- medicinaatualrevis
- 3 de jun.
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Você já ouviu dizer que “corpo são, mente sã”? Esse ditado é mais verdadeiro do que parece. Estudos científicos mostram que o exercício físico não só fortalece os músculos e o coração, como também tem efeitos diretos no funcionamento do cérebro. Caminhar, pedalar, dançar ou praticar esportes pode ajudar a melhorar a memória, reduzir a ansiedade, aumentar a criatividade e até proteger contra doenças como Alzheimer e depressão.
Neste artigo, você vai entender como a atividade física beneficia seu cérebro — e o que muda quando você incorpora o movimento à sua rotina.
O que acontece no cérebro durante o exercício?
Quando você se movimenta, seu cérebro reage liberando substâncias que melhoram o humor, aumentam a concentração e reduzem o estresse. Veja algumas delas:
Endorfinas: proporcionam sensação de bem-estar e prazer.
Serotonina: regula o humor, o sono e o apetite.
Dopamina: aumenta a motivação e a recompensa.
BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro): estimula o crescimento de novas conexões entre os neurônios.
Ou seja, fazer exercícios físicos ajuda seu cérebro a funcionar melhor — desde a primeira sessão.
Exercício físico e memória
A atividade física aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, levando mais oxigênio e nutrientes aos neurônios. Além disso, favorece a neurogênese — a formação de novas células nervosas, principalmente no hipocampo, área relacionada à memória e aprendizado.
Pessoas fisicamente ativas tendem a:
Ter melhor desempenho em tarefas cognitivas;
Manter a memória mais preservada com o passar dos anos;
Reduzir o risco de demência e Alzheimer.
Efeitos sobre o humor e a saúde emocional
Praticar atividade física regularmente tem impacto direto na prevenção e no tratamento da depressão, da ansiedade e do estresse crônico.
Alguns efeitos observados:
Melhora do humor em poucas semanas;
Redução da irritabilidade e da fadiga mental;
Aumento da autoestima;
Sono mais restaurador.
Em muitos casos, a prática de exercícios é usada como parte do tratamento complementar de transtornos mentais — com orientação profissional.
Proteção contra doenças neurológicas
Além de melhorar o funcionamento do cérebro no presente, os exercícios também ajudam a prevenir o declínio cognitivo a longo prazo. Isso porque reduzem fatores de risco como obesidade, hipertensão, diabetes e inflamações crônicas, todos associados a doenças cerebrais.
A prática regular está associada a menor risco de:
Doença de Alzheimer;
Doença de Parkinson;
AVC (acidente vascular cerebral);
Comprometimento cognitivo leve.
Qual é o melhor tipo de exercício para o cérebro?
Todos os tipos de atividade física têm benefícios. Mas alguns se destacam:
Exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, bicicleta)
Aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro;
Estimulam a produção de BDNF;
Melhoram a capacidade de foco e concentração.
Treinamento de força (musculação, pilates)
Melhora o metabolismo e a sensibilidade à insulina;
Auxilia no controle do estresse e da ansiedade;
Estimula o sistema hormonal que atua no cérebro.
Atividades com coordenação (dança, artes marciais)
Trabalham simultaneamente o corpo e o cérebro;
Melhoram o equilíbrio, a agilidade e a memória motora.
Quanto tempo de exercício é necessário?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana já são suficientes para obter os benefícios para o cérebro e o corpo.
Isso equivale a 30 minutos de exercício, 5 vezes por semana.
Dicas práticas para colocar o cérebro em movimento
Confira algumas dicas de como incluir a atividade física na sua rotina.
Escolha uma atividade que você goste — isso aumenta as chances de manter o hábito.
Comece aos poucos, respeitando seus limites.
Ouça música enquanto se exercita — isso estimula ainda mais o cérebro.
Experimente atividades variadas: musculação, caminhada, dança, esportes coletivos.
Mantenha uma rotina — mesmo 15 minutos por dia já fazem diferença.
Crianças, adultos e idosos: todos se beneficiam
A atividade física é benéfica em todas as fases da vida:
Crianças: melhora da atenção e do rendimento escolar.
Adultos: redução do estresse e aumento da produtividade.
Idosos: prevenção de quedas, preservação da memória e da autonomia.
Nunca é tarde para começar — o cérebro responde positivamente em qualquer idade.
Conclusão
A relação entre exercício físico e cérebro é clara: quem se movimenta pensa melhor, dorme melhor, vive melhor. Os benefícios vão além da estética e da saúde física. O movimento é um dos pilares para manter a mente afiada, o humor equilibrado e o cérebro saudável por mais tempo.
Comece com passos simples — seu corpo e sua mente agradecerão.
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