top of page

Falta de libido: fatores físicos e emocionais

Falta de libido

A falta de libido, também chamada de desejo sexual hipoativo, é uma queixa comum entre homens e mulheres em diferentes fases da vida. Apesar de ser um assunto muitas vezes tratado como tabu, a diminuição do desejo sexual pode ter um impacto profundo na autoestima, nos relacionamentos afetivos e na qualidade de vida.


A libido é regulada por uma interação complexa entre fatores físicos, hormonais, psicológicos e sociais. Por isso, entender suas causas e saber quando buscar ajuda é essencial para restaurar o bem-estar sexual e emocional.


Neste artigo, vamos explorar as principais causas da falta de libido, diferenças entre os sexos, quando o quadro pode ser preocupante e quais caminhos estão disponíveis para tratar o problema.


Como o desejo sexual funciona: aspectos biológicos e emocionais

Antes de falarmos sobre a falta de libido, é importante compreender como o desejo sexual se manifesta. Ele é influenciado por:

  • Hormônios: testosterona, estrogênio e progesterona desempenham papéis centrais.

  • Sistema nervoso central: neurotransmissores como dopamina, serotonina e oxitocina estão ligados ao prazer e à motivação sexual.

  • Aspectos emocionais: histórico de trauma, autoestima e qualidade do relacionamento influenciam muito.

  • Estímulos externos: ambiente, novidades e contexto também são importantes.

Por isso, a falta de desejo sexual não é, em geral, resultado de uma causa isolada.

Principais causas físicas da falta de libido

Fatores orgânicos podem comprometer a resposta sexual em diferentes níveis. Entre as causas físicas mais comuns estão:

1. Desequilíbrio hormonal

Problemas na produção de testosterona (em homens e mulheres), estrogênio ou progesterona podem prejudicar o desejo sexual. Situações frequentes incluem:

  • Menopausa e perimenopausa.

  • Andropausa (redução da testosterona com o envelhecimento).

  • Hipotireoidismo.

  • Distúrbios da glândula adrenal.

2. Doenças crônicas

Condições médicas que afetam a energia e o funcionamento do corpo interferem na libido, como:

  • Diabetes mellitus.

  • Hipertensão arterial.

  • Doenças cardiovasculares.

  • Doenças autoimunes.

  • Insuficiência renal crônica

3. Uso de medicamentos

Certos fármacos, mesmo quando essenciais, têm como efeito colateral a redução do desejo sexual. Exemplos:

  • Antidepressivos (especialmente os ISRS).

  • Ansiolíticos e benzodiazepínicos.

  • Anticoncepcionais hormonais.

  • Antipsicóticos.

  • Antihipertensivos (como betabloqueadores).

4. Estilo de vida inadequado

Aspectos cotidianos também podem interferir no desejo sexual:

  • Estresse crônico e sobrecarga de trabalho.

  • Sono irregular e privacão de descanso.

  • Consumo excessivo de álcool.

  • Sedentarismo e alimentação pobre em nutrientes.

Fatores emocionais e relacionais na queda do desejo sexual

A mente desempenha um papel central na forma como o desejo é percebido e vivido. Problemas emocionais ou de relacionamento podem bloquear o desejo sexual mesmo quando o organismo está funcional.

Entre os fatores mais comuns estão:

  • Depressão e transtornos de ansiedade.

  • Conflitos conjugais ou baixa qualidade da relação.

  • Falta de comunicação sobre preferências e fantasias.

  • Histórico de trauma ou abuso sexual.

  • Autoestima rebaixada e imagem corporal negativa.

A forma como a pessoa se sente em relação a si mesma e ao(a) parceiro(a) impacta diretamente o interesse pelo sexo.

Diferenças entre homens e mulheres na libido

Embora a libido seja importante para todos os gêneros, há diferenças na forma como homens e mulheres experimentam a queda do desejo:

  • Homens costumam sentir impacto maior com alterações hormonais ou estresse profissional.

  • Mulheres são mais sensíveis ao ambiente, à qualidade da relação e ao ciclo hormonal.

A pressão social, os papéis de gênero e as expectativas também influenciam o modo como cada um lida com a falta de libido.

Quando procurar ajuda profissional

Não há um padrão único para a sexualidade. No entanto, a ajuda profissional é indicada quando:

  • O desejo sexual diminui por mais de 6 meses.

  • A situação causa sofrimento pessoal ou afeta o relacionamento.

  • Há suspeita de desequilíbrio hormonal ou doença associada.

  • Sintomas aparecem após introdução de medicamentos.

Ginecologistas, urologistas, endocrinologistas e psicólogos sexuais estão preparados para investigar e orientar o tratamento.

Caminhos para tratar e recuperar a libido

Não existe um tratamento único para falta de libido. O plano é individualizado, conforme as causas e preferências da pessoa.

As abordagens mais comuns incluem:

  • Ajustes hormonais (terapia de reposição hormonal, se indicada).

  • Mudanças no estilo de vida (sono, dieta, atividade física).

  • Terapia sexual individual ou de casal.

  • Psicoterapia para depressão, ansiedade ou traumas.

  • Substituição ou ajuste de medicamentos.

  • Uso de fitoterápicos ou suplementos sob orientação.

A comunicação aberta com o(a) parceiro(a) é um fator essencial para o sucesso do tratamento.

Dicas práticas para melhorar o desejo sexual no dia a dia

O autocuidado e pequenas mudanças de hábito já produzem bons resultados:

  • Durma pelo menos 7-8 horas por noite.

  • Pratique exercícios físicos regularmente.

  • Reduza o consumo de álcool e evite tabaco.

  • Separe momentos para lazer, relaxamento e romance.

  • Cuide da autoestima e da imagem corporal.

  • Busque autoconhecimento sobre preferências sexuais.

Conclusão

A falta de libido é um sintoma multifatorial, que pode refletir questões orgânicas, emocionais ou relacionais. Felizmente, há caminhos seguros, eficazes e acessíveis para tratar o problema. Quanto mais cedo o cuidado começa, maiores as chances de recuperar o desejo sexual e a vitalidade emocional.

Não ignore os sinais. Falar sobre isso é um passo fundamental para se reconectar com o prazer, o corpo e os vínculos afetivos.

Comments


logotipo do site medicinal atual

MedicinAtual é o mais completo portal de conteúdos exclusivos para atualização nas especialidades médicas, artigos e pesquisas científicas, notícias, informações em saúde e Medicina.  O MedicinAtual disponibiliza ferramentas médicas que facilitam a rotina do médico ou do estudante de Medicina. O MedicinAtual reune ainda os portais PneumoAtual, AlergiaAtual e UrologiaAtual.

  • Instagram
  • Facebook

Todos os Direitos Reservados - 2025

NEWSLETTER

Cadastre abaixo e receba  as últimas atualizações de conteúdo do nosso portal médico.

Obrigado (a) por se cadastrar!

bottom of page