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Febre baixa persistente: o que pode ser?

Febre baixa persistente

A febre baixa persistente é aquela que se mantém entre 37,3 °C e 38,0 °C por vários dias ou até semanas. Embora muitas pessoas não considerem essa elevação preocupante, ela pode ser sinal de que algo está errado no organismo. Quando a febre baixa se torna contínua e vem acompanhada de outros sintomas — como cansaço, perda de peso, dores ou alterações no apetite — é importante investigar.


Neste artigo, você vai entender o que pode causar esse tipo de febre, quando ela exige avaliação médica e quais exames ajudam a chegar ao diagnóstico.


Como funciona a regulação da temperatura corporal


O corpo humano mantém a temperatura em equilíbrio por meio do hipotálamo, uma estrutura cerebral que age como “termostato”. Quando o organismo detecta invasores (como vírus ou bactérias), ou processos inflamatórios, o hipotálamo aumenta a temperatura como mecanismo de defesa — originando a febre.


A febre baixa pode ser:

  • Aguda: dura poucos dias, geralmente causada por infecções leves.

  • Persistente: mantém-se por dias ou semanas, exigindo investigação.

  • Intermitente: aparece e desaparece ao longo do dia.

Causas mais comuns de febre baixa persistente

Muitas condições podem provocar febre leve e prolongada. O contexto clínico e os sintomas associados são fundamentais para definir o que está por trás do quadro.

Infecções crônicas

Algumas infecções não provocam febre alta, mas mantêm uma elevação discreta e constante da temperatura:

  • Tuberculose pulmonar ou extrapulmonar.

  • Infecções urinárias recorrentes ou subclínicas.

  • Infecções dentárias ou sinusites não tratadas.

  • Doença de Lyme e outras doenças transmitidas por carrapato.

Inflamações autoimunes Doenças autoimunes causam inflamação contínua no organismo, o que pode levar a febre baixa crônica:

  • Lúpus eritematoso sistêmico.

  • Artrite reumatoide.

  • Doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

Neoplasias (cânceres).

Certos tipos de câncer, principalmente os hematológicos (como linfomas e leucemias), podem provocar:

  • Febre baixa prolongada.

  • Suor noturno.

  • Perda de peso involuntária.

  • Aumento de gânglios (ínguas).

Distúrbios da tireoide

O hipertireoidismo, por acelerar o metabolismo, pode provocar uma sensação de calor corporal e leve aumento de temperatura.

  • Perda de peso.

  • Agitação, tremores.

  • Suor excessivo.

Outras causas

  • Uso de alguns medicamentos, como antibióticos ou antidepressivos.

  • Vacinação recente.

  • Estados ansiosos e estresse crônico.

  • Fadiga crônica ou síndrome pós-viral (como COVID longa).

Quando a febre baixa é preocupante

Nem toda febre baixa é sinal de doença grave. No entanto, alguns sinais devem ser valorizados e motivam uma consulta médica:

  • Febre persistente por mais de 7 dias sem causa aparente.

  • Acompanhada de perda de peso, cansaço extremo ou suor noturno.

  • Presença de dores musculares, articulares ou de cabeça constantes.

  • Tosse prolongada, falta de ar ou alterações urinárias.

  • Histórico de doenças crônicas ou autoimunes.

Quais exames podem ser solicitados

Para entender a origem da febre persistente, o médico solicitará exames laboratoriais e de imagem, com base na suspeita clínica.

Exame

Finalidade

Hemograma completo

Avalia sinais de infecção, anemia ou leucemia

PCR e VHS

Detectam inflamação ou infecções crônicas

Sorologias (HIV, hepatites, toxoplasmose)

Investigam infecções silenciosas

Teste tuberculínico (PPD)

Avalia exposição à tuberculose

TSH e T4 livre

Avaliam a função da tireoide

Ultrassonografia ou tomografia

Identificam inflamações ou tumores ocultos

O que fazer em caso de febre baixa persistente

O primeiro passo é observar padrões e sintomas associados:

  • Anote os horários e variações da febre.

  • Observe sintomas como fadiga, dor, tosse, alterações intestinais.

  • Evite automedicação com antitérmicos (isso pode mascarar o diagnóstico).

Cuidados gerais

Enquanto aguarda avaliação médica:

  • Mantenha-se bem hidratado.

  • Faça refeições leves e nutritivas.

  • Repouse e evite esforço físico excessivo.

  • Evite ambientes abafados e quentes.

Tratamento: depende da causa

O tratamento da febre baixa persistente depende diretamente do diagnóstico. Algumas possibilidades incluem:

  • Antibióticos: em caso de infecção confirmada.

  • Corticosteroides ou imunossupressores: em doenças autoimunes.

  • Reposição hormonal: se houver disfunções da tireoide.

  • Tratamento oncológico específico: quando for o caso de neoplasia.

  • Acompanhamento psicológico: se o quadro estiver relacionado a estresse ou ansiedade.

Conclusão: febre baixa pode ser um sinal precoce importante

A febre baixa persistente é um sintoma que não deve ser ignorado. Embora muitas vezes seja benigna ou passageira, em outros casos pode representar o primeiro sinal de doenças infecciosas, inflamatórias ou até autoimunes. Observar o corpo com atenção e buscar orientação médica precoce é fundamental para garantir diagnóstico e tratamento adequados.

Se você ou alguém próximo apresenta esse quadro, não hesite em procurar ajuda. Cuidar da saúde é um investimento em qualidade de vida.

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