Fratura do tornozelo: o que são, como acontecem e como tratar
- medicinaatualrevis
- 5 de jun.
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As fraturas do tornozelo estão entre as mais frequentes na prática médica, especialmente após quedas, torções ou acidentes esportivos. O tornozelo é uma articulação essencial para o equilíbrio e a mobilidade, e quando fraturado, pode comprometer a capacidade de caminhar, subir escadas ou até mesmo ficar em pé.
Apesar de serem frequentemente associadas a traumas de alta energia, como acidentes de trânsito, elas também podem ocorrer em situações cotidianas: um passo em falso, uma escada mal descida ou uma pisada em falso na calçada já são o suficiente para gerar uma lesão grave.
Neste artigo, você vai entender o que é uma fratura de tornozelo, quais os tipos mais comuns, como identificar os sintomas e o que esperar do tratamento e da recuperação.
Como funciona a articulação do tornozelo?
O tornozelo é formado por três ossos principais:
Tíbia: o maior osso da perna, que forma a parte interna do tornozelo.
Fíbula: o osso mais fino da perna, que forma a parte externa do tornozelo.
Tálus: o osso do pé que se articula com a tíbia e a fíbula.
Esses ossos são mantidos juntos por ligamentos, que garantem estabilidade à articulação. Uma fratura pode envolver um ou mais desses ossos, além de causar lesões nos ligamentos e na cápsula articular.
O que pode causar uma fratura no tornozelo?
Causas mais comuns:
Torções durante atividades esportivas.
Quedas (de escadas, calçadas, pisos escorregadios).
Acidentes de trânsito ou de moto.
Impactos diretos (chutes, pancadas).
Fraturas por estresse em atletas de alto desempenho.
Em pessoas idosas, com osteoporose, mesmo traumas leves podem causar fraturas.
Principais tipos de fratura do tornozelo
Tipo de fratura | Características |
Fratura lateral | Acomete a fíbula; a mais comum entre as fraturas de tornozelo |
Fratura medial | Acomete a parte interna (tíbia) do tornozelo |
Fratura bimalelar | Envolve os dois maléolos (interno e externo) |
Fratura trimalelar | Atinge ambos os maléolos e a parte posterior da tíbia |
Fratura-luxação | Fratura acompanhada de deslocamento da articulação |
Fratura por estresse | Pequenas fissuras causadas por esforço repetitivo, comum em atletas |
Quais são os sintomas de fratura no tornozelo?
Dor intensa e imediata após o trauma.
Inchaço localizado (edema).
Dificuldade ou incapacidade de apoiar o pé no chão.
Deformidade visível (em casos mais graves).
Hematomas na região do tornozelo.
Sensação de instabilidade articular.
⚠️ Nem toda fratura causa deformidade evidente. Por isso, a dor intensa ao movimentar ou apoiar o pé já é um sinal de alerta.
Como é feito o diagnóstico?
A avaliação médica é essencial para confirmar o diagnóstico e definir o tipo de fratura.
Exames utilizados:
Radiografia (Raio-X): mostra a presença, localização e tipo da fratura.
Tomografia computadorizada: avalia detalhes ósseos, especialmente em fraturas complexas.
Ressonância magnética: útil para investigar lesões associadas em ligamentos ou cartilagem.
Como é o tratamento das fraturas do tornozelo?
O tratamento varia conforme o tipo e gravidade da fratura, o grau de deslocamento dos fragmentos ósseos e as condições clínicas do paciente.
Tratamento conservador (sem cirurgia):
Indicado para fraturas estáveis, sem desalinhamento dos ossos.
Imobilização com gesso ou bota ortopédica.
Uso de muletas para evitar carga sobre o tornozelo.
Acompanhamento com exames periódicos de imagem.
Tratamento cirúrgico:
Recomendado para fraturas instáveis, com desalinhamento ou fraturas múltiplas.
Fixação com placas, parafusos ou pinos.
Cirurgia ortopédica realizada sob anestesia.
Internação e fisioterapia pós-operatória.
Recuperação e cuidados após a fratura
O tempo de recuperação depende do tipo de fratura, idade do paciente e resposta ao tratamento.
Etapas do processo de reabilitação:
Imobilização e repouso (4 a 8 semanas).
Retorno gradual de carga e fisioterapia.
Fortalecimento muscular e reeducação da marcha.
Retorno às atividades físicas, com cautela.
Durante o processo, é fundamental:
Evitar apoiar o pé fraturado antes da liberação médica.
Manter o membro elevado para reduzir o inchaço.
Fazer fisioterapia regularmente.
Obedecer às orientações do ortopedista.
Complicações possíveis
Rigidez articular.
Diminuição da força e mobilidade.
Artrose pós-traumática (em fraturas articulares).
Infecção (nos casos cirúrgicos).
Pseudoartrose (quando a fratura não cicatriza adequadamente).
Por isso, o acompanhamento profissional é essencial durante toda a recuperação.
Conclusão: trate com seriedade e evite sequelas
Fraturas do tornozelo não devem ser subestimadas. Quando mal tratadas, podem levar a dor crônica, instabilidade ao caminhar e limitação funcional permanente. Por outro lado, com diagnóstico precoce, tratamento adequado e boa reabilitação, a maioria dos pacientes volta a ter uma vida normal e ativa.
Se você sofreu uma torção forte ou sente dor intensa no tornozelo, procure atendimento médico. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhores são os resultados.
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