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O que é o AVC e por que ele é uma emergência médica?

AVC

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), também conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Ele ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico) ou quando há sangramento no tecido cerebral (AVC hemorrágico).


Em ambos os casos, as células cerebrais sofrem danos por falta de oxigênio e nutrientes — e quanto mais tempo passa, maior o risco de sequelas.


O AVC é uma emergência médica e exige atendimento imediato. Saber identificar os sinais precoces pode salvar vidas e evitar complicações graves como paralisias, dificuldade de fala, perda de memória e até a morte.


Tipos de AVC e como eles acontecem


Conheça os principais tipos de AVC.


AVC isquêmico


É o tipo mais comum, responsável por cerca de 85% dos casos. Ocorre quando um coágulo bloqueia uma artéria cerebral. As principais causas incluem:

  • Aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias).

  • Fibrilação atrial (arritmia que favorece a formação de coágulos).

  • Pressão alta não controlada.


AVC hemorrágico


Acontece quando há ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, causando sangramento. Embora menos frequente, costuma ser mais grave.


Causas principais:

  • Hipertensão grave.

  • Aneurisma cerebral.

  • Traumatismos cranianos.


Quais são os sinais de alerta do AVC


O reconhecimento rápido dos sintomas é fundamental. Existe uma sigla usada em todo o mundo para facilitar a identificação: SAMU (Sorriso, Abraço, Música).


Antes da lista, lembre-se: qualquer um desses sinais exige ajuda médica urgente. Ligue para o 192.


  • Sorriso: ao pedir um sorriso, um lado do rosto pode ficar torto ou caído.

  • Abraço (ou levantar os braços): um braço pode não se mover ou cair.

  • Música (ou fala): a fala pode estar enrolada, lenta ou incompreensível.


Outros sintomas importantes:

  • Perda súbita da visão (um ou ambos os olhos).

  • Tontura ou perda de equilíbrio.

  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente.

  • Confusão mental ou dificuldade de compreensão.


Como agir diante de um possível AVC

Diante de qualquer um dos sinais descritos, a orientação é clara: ligue imediatamente para o SAMU (192). Não espere os sintomas passarem, não ofereça comida ou bebida, e evite transportar a pessoa por conta própria, a não ser em extrema urgência.

A agilidade no atendimento aumenta muito as chances de recuperação. Nos casos de AVC isquêmico, há uma “janela terapêutica” de até 4h30 para o uso de medicamentos que dissolvem coágulos (trombólise). Quanto antes for iniciado o tratamento, melhores os resultados.

Fatores de risco para o AVC

O AVC pode acontecer em qualquer idade, mas é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos. No entanto, os fatores de risco são muitas vezes evitáveis ou controláveis.

Fatores modificáveis:

  • Hipertensão arterial (principal fator de risco).

  • Diabetes mellitus.

  • Colesterol alto.

  • Tabagismo.

  • Sedentarismo.

  • Obesidade.

  • Uso excessivo de álcool.

  • Arritmias cardíacas.

Fatores não modificáveis:

  • Idade avançada.

  • Histórico familiar de AVC.

  • Doenças genéticas ou vasculares congênitas.

A prevenção é possível e começa com o controle rigoroso da pressão arterial e o acompanhamento médico regular.

Diagnóstico e exames utilizados

O diagnóstico do AVC é feito com base nos sintomas e confirmado por exames de imagem. Os principais são:

  • Tomografia computadorizada de crânio: distingue AVC isquêmico do hemorrágico.

  • Ressonância magnética: mais sensível para lesões pequenas ou em áreas profundas do cérebro.

  • Exames de sangue: glicemia, eletrólitos, função renal e coagulação.

  • Eletrocardiograma e ecocardiograma: avaliam a função cardíaca, especialmente se há suspeita de origem cardíaca do AVC.

Tratamento e reabilitação após o AVC

O tratamento varia conforme o tipo de AVC. Nos casos isquêmicos, o foco é restaurar o fluxo sanguíneo. Nos hemorrágicos, controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana.

Tratamentos iniciais:

  • Trombólise venosa com alteplase (nos casos indicados).

  • Controle da pressão arterial.

  • Monitoramento neurológico.

  • Cirurgia, se houver sangramento significativo.

Reabilitação:

Após a fase aguda, o paciente pode precisar de:

  • Fisioterapia para recuperar movimentos

  • Fonoaudiologia para fala e deglutição

  • Terapia ocupacional para atividades do dia a dia

  • Apoio psicológico e acompanhamento com neurologista

A recuperação depende da extensão da lesão e da rapidez no atendimento.


Como prevenir o AVC no dia a dia


A boa notícia é que cerca de 80% dos casos de AVC podem ser evitados com mudanças simples nos hábitos de vida:


  • Meça sua pressão com frequência e trate se estiver alta.

  • Controle os níveis de glicose e colesterol.

  • Pratique atividade física regular (30 minutos por dia).

  • Mantenha alimentação rica em vegetais, fibras e com pouco sal.

  • Evite fumar e consumir álcool em excesso.

  • Consulte o médico regularmente, principalmente se tiver histórico familiar.

Conclusão

O AVC é uma emergência que pode deixar sequelas permanentes — mas também pode ser prevenido. Identificar os sinais precoces e buscar ajuda médica imediatamente são atitudes que salvam vidas.

Adotar um estilo de vida saudável, controlar doenças crônicas e fazer exames periódicos são medidas eficazes para manter a saúde do cérebro e do coração em dia.

Lembre-se: o cérebro não espera. Percebeu algum sinal? Aja rápido e ligue para o 192.

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