Palpitações: quando o coração dispara e você nem percebe
- medicinaatualrevis
- 11 de jun.
- 3 min de leitura

As palpitações são a sensação de que o coração está batendo forte, acelerado, com falhas ou mesmo com “sustos” inesperados, que podem surgir quando menos se espera — mesmo durante atividades leves ou em repouso. Embora muitas vezes sejam benignas e passageiras, palpitações frequentes ou intensas podem indicar alterações no ritmo cardíaco ou condições de saúde que merecem atenção.
Neste artigo, você vai descobrir as causas mais comuns das palpitações, como diferenciá-las entre reações normais do corpo ou sinais clínicos, quando é hora de investigar e o que fazer para prevenir episódios incômodos.
O que são palpitações e como elas se manifestam
As palpitações são sensação percebida pelo indivíduo de contrações anormais do coração, descritas como:
Batimentos acelerados que podem “pular”.
Sensação de tremor no peito.
Paradas súbitas ou “faltas” de batimento.
Conflito entre batimentos rápidos e lentos.
Geralmente surgem em situações de alerta, estresse ou após ingestão de estimulantes — mas também podem acontecer sem motivo aparente.
Causas comuns das palpitações
Em muitos casos, palpitações são benignas. No entanto, algumas causas podem exigir cuidado ou tratamento:
Estresse, ansiedade e pânicos
O sistema nervoso libera hormônios como adrenalina diante de tensão ou medo intenso, o que provoca palpitações, sudorese, tremores e sensação de falta de ar.
Episódios em situações de estresse emocional.
Sensação de aperto no peito.
Duração curta e seguida de melhora com relaxamento.
Estimulantes
Substâncias que aceleram o metabolismo podem desencadear palpitações, por exemplo:
Café, chá preto ou verde.
Bebidas energéticas.
Medicamentos para resfriado (com descongestionantes).
Excesso de atividade física ou esforço
Exercícios intensos podem estimular muito o coração. Em pessoas saudáveis, é fisiológico — mas em excesso, pode gerar palpitações desconfortáveis.
Arritmias cardíacas
Alterações no ritmo cardíaco podem ser benignas, como extrassístoles, ou mais graves, como fibrilação atrial. Quando internas, podem gerar:
Palpitações prolongadas.
Tontura, dor no peito ou queda de pressão.
Episódios recorrentes.
Hipertireoidismo
A tiroide acelerada produz excesso de hormônios que elevam o metabolismo e o ritmo cardíaco, causando:
Palpitações frequentes.
Ansiedade.
Sudorese.
Tremores.
Fatores que podem agravar as palpitações
Alguma predisposição do organismo aliada a fatores externos pode precipitar as palpitações:
Desequilíbrios eletrolíticos (menos potássio ou magnésio).
Má alimentação e jejum prolongado.
Desidratação.
Uso de substâncias como álcool, tabaco ou drogas.
Quando a palpitação é sinal de alerta
Embora grande parte dos episódios seja leve, alguns sinais exigem avaliação médica imediata:
Palpitações acompanhadas de dor no peito ou falta de ar.
Episódios com tontura, desmaio ou visão turva.
Frequência cardíaca muito alta (> 120–150 bpm).
Episódios constantes sem relação com atividade ou estimulantes.
Pacientes com histórico de doença cardíaca ou alterações na pressão.
Como é feito o diagnóstico
O médico pode solicitar alguns exames para avaliar a função cardíaca e suas possíveis alterações:
Exame | Finalidade |
Eletrocardiograma (ECG) | Avalia arritmias presentes durante o teste |
Holter | Monitoramento contínuo por 24–48h |
Ecocardiograma | Avalia estrutura e função cardíaca |
Exames de sangue | Incluem TSH, eletrólitos, hormônios |
Teste ergométrico | Acompanha atividade física em ambiente controlado |
Tratamentos e estratégias para controlar as palpitações
Mudanças na rotina
Para grande parte das pessoas, bastam:
Reduzir estimulantes e bebidas alcoólicas.
Manter hidratação e alimentação regular.
Praticar exercícios moderados (caminhada, natação).
Dormir bem.
Gerenciar estresse com técnicas de relaxamento (respiração, meditação).
Suplementação
Em casos de desequilíbrio eletrolítico, magnésio e potássio podem ser recomendados.
Intervenção médica
Se as palpitações estiverem relacionadas a arritmias ou hipertireoidismo, o tratamento pode incluir:
Medicamentos que modulam os batimentos cardíacos (betabloqueadores, antiarrítmicos).
Ajuste hormonal se houver disfunção da tireoide.
Procedimentos como ablação, em casos de arritmias persistentes.
Conclusão: escutar o coração pode salvar sua saúde
Ter palpitações de vez em quando é comum e na maioria das vezes não é preocupante. Contudo, quando frequentes, prolongadas ou acompanhadas de outros sintomas, elas podem denunciar arranjos cardíacos ou desequilíbrios hormonais. Avaliação médica adequada e mudanças simples no estilo de vida costumam fazer grande diferença.
Lembre-se: escutar os sinais do coração é uma forma de cuidar de você. Se algo não parecer certo, procure ajuda!
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