Parada cardíaca: o que é, como identificar e agir com rapidez
- medicinaatualrevis
- 24 de mar.
- 3 min de leitura
A parada cardíaca é a interrupção súbita da função do coração, impedindo que o sangue circule para o cérebro e outros órgãos. É uma emergência médica grave e que requer ação imediata para aumentar as chances de sobrevivência.
A reanimação cardiopulmonar (RCP) é a principal medida para manter a circulação até a chegada do socorro especializado.
O que é a parada cardíaca?
A parada cardíaca acontece quando o coração para completamente de bater ou perde sua capacidade de bombear sangue de forma eficaz. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como infarto do miocárdio, arritmias cardíacas graves ou após uma parada respiratória.
Quando a circulação sanguínea para, o cérebro deixa de receber oxigênio. Se não houver intervenção em poucos minutos, a pessoa pode sofrer danos cerebrais permanentes ou morrer.
Como identificar uma parada cardíaca?
Os principais sinais de uma parada cardíaca incluem:
A pessoa desmaia subitamente e não responde a estímulos;
Não respira ou apresenta respiração muito fraca (gasping);
Não há pulsação detectável.
Ao observar esses sinais, o primeiro passo é presumir que se trata de uma parada cardíaca e agir com urgência.
Etapas essenciais em caso de parada cardíaca:
Ao presenciar uma parada cardíaca, é necessário seguir as seguintes etapas:
Pedir ajuda o quanto antes:
Reconhecer rapidamente que a pessoa está em parada cardíaca e ligar imediatamente para o SAMU (192) faz com que o socorro chegue mais rápido.
Começar as compressões no peito:
Iniciar a reanimação (RCP) logo após a parada ajuda a manter o cérebro e o coração recebendo oxigênio até a chegada da ajuda.
Compressões torácicas em adultos
Ajoelhe-se ao lado da vítima.
Estique os braços e posicione as mãos uma sobre a outra no centro do tórax, logo acima da base do osso esterno (aproximadamente dois dedos acima do final do osso do peito).
Incline o corpo sobre as mãos para usar o peso do tronco durante as compressões.
Comprimir o peito com força e rapidez, afundando cerca de 5 cm.
Faça de 100 a 120 compressões por minuto, deixando o peito retornar completamente entre cada uma.
Realizar compressões torácicas em um adulto/ MANUAL MDS Compressões torácicas em crianças
Realizar compressões torácicas em um crianças/ MANUAL MDS
Etapas para abrir as vias respiratórias e ventilar:
Após 30 compressões, incline levemente a cabeça da pessoa para trás e levante o queixo.
Tampe o nariz da pessoa com os dedos.
Faça uma respiração normal e sopre pela boca da vítima, observando o peito subir (duração de cerca de 1 segundo).
Repita a respiração uma segunda vez.
Retorne imediatamente para mais 30 compressões torácicas.
Usar o desfibrilador o mais cedo possível: se houver um DEA (desfibrilador externo automático) por perto, usá-lo rapidamente pode restaurar os batimentos do coração.
Entrega para os profissionais de saúde: assim que a ambulância chegar, os socorristas assumem o atendimento com equipamentos e cuidados mais avançados.
Qual é a função do desfibrilador?
O DEA (Desfibrilador Externo Automático) é essencial no tratamento da parada cardíaca causada por arritmias graves, como fibrilação ventricular. Ele aplica um choque elétrico que pode restaurar o ritmo cardíaco normal.
Esse aparelho é seguro e pode ser usado por leigos, pois fornece instruções auditivas automáticas. Está disponível em locais públicos, como aeroportos, academias, escolas e centros comerciais.
RCP apenas com compressões: funciona?
Sim. Em adultos, a RCP apenas com compressões torácicas (sem respiração boca a boca) pode ser eficaz para manter o fluxo sanguíneo até a chegada da emergência. Isso é especialmente útil para pessoas que não têm treinamento completo em RCP ou que hesitam em realizar respiração de resgate.
Conclusão
A parada cardíaca exige ação imediata. Cada segundo sem intervenção reduz as chances de sobrevivência. Saber identificar os sinais e iniciar a reanimação cardiopulmonar com compressões torácicas pode salvar vidas.
Quanto mais pessoas aprenderem RCP e souberem usar o DEA, maiores serão as chances de recuperação de quem passa por essa emergência.
Fonte: Manual MSD
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