Perda do olfato: causas, sintomas e quando buscar ajuda médica
- medicinaatualrevis
- 28 de mar.
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A perda do olfato, também conhecida como anosmia (total) ou hiposmia (parcial), é uma condição que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Além de comprometer o sentido do olfato, ela pode prejudicar a percepção do paladar e afetar a segurança, dificultando, por exemplo, a identificação de alimentos estragados ou vazamentos de gás.
Com o aumento dos casos durante a pandemia de COVID-19, o tema voltou a ganhar destaque, mas suas causas vão muito além das infecções respiratórias. Neste artigo, você vai entender as principais razões da perda do olfato, os sinais de alerta e como é feito o diagnóstico e o tratamento.
O que é perda do olfato?
A perda do olfato ocorre quando a pessoa não consegue detectar cheiros como de perfume, comida, fumaça ou flores. Quando essa perda é completa, chamamos de anosmia. Se for apenas uma redução na capacidade de sentir odores, o termo adequado é hiposmia.
Curiosamente, a perda do olfato costuma vir acompanhada de queixas relacionadas ao paladar, já que a percepção de sabores é fortemente influenciada pelo olfato. Assim, muitas pessoas com anosmia relatam não sentir prazer ao comer.
Causas comuns da perda do olfato
As causas mais frequentes incluem:
Traumatismo craniano: Comum em adultos jovens, acidentes podem danificar os nervos olfatórios.
Infecções virais: Gripes e resfriados estão entre as causas mais comuns. Estima-se que a gripe seja responsável por até 25% dos casos de anosmia.
COVID-19: Um sintoma precoce bastante conhecido da doença é a perda súbita do olfato.
Doença de Alzheimer: Em adultos mais velhos, alterações neurológicas podem comprometer os receptores de cheiro.
Envelhecimento: A partir dos 60 anos, é comum a redução progressiva da capacidade olfativa.
Outras causas importantes
Além das mais frequentes, outras possíveis causas incluem:
Pólipos e tumores nasais;
Rinite alérgica;
Infecções graves nos seios paranasais;
Radioterapia para câncer na região da cabeça e pescoço;
Uso de medicamentos ou exposição a produtos químicos;
Distúrbios degenerativos, como esclerose múltipla.
Raramente, algumas pessoas já nascem sem o sentido do olfato.
Quando a perda do olfato é preocupante?
Alguns sinais indicam a necessidade de buscar avaliação médica imediata:
Perda de olfato após traumatismo craniano;
Sintomas neurológicos associados, como desequilíbrio, visão dupla ou dificuldade para falar;
Início súbito dos sintomas;
Perda do olfato em meio a surtos de gripe ou COVID-19.
A avaliação médica é fundamental para determinar a causa e orientar o tratamento adequado.
Como é feito o diagnóstico?
O médico iniciará com uma entrevista detalhada sobre o histórico do paciente, incluindo uso de medicamentos, cirurgias anteriores, alergias, exposição a substâncias químicas e presença de sintomas respiratórios.
Durante o exame físico, são avaliadas as passagens nasais e a presença de pólipos, inflamações ou secreções. Também é realizado um exame neurológico completo, especialmente se houver suspeita de comprometimento do sistema nervoso.
Existe tratamento para perda do olfato?
O tratamento depende da causa. Em casos relacionados a infecções virais, o olfato pode retornar espontaneamente. Para causas como alergias, pólipos ou obstruções nasais, o uso de medicamentos ou cirurgias pode ser indicado.
Já nos casos associados a doenças degenerativas, o objetivo é manejar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Conclusão
A perda do olfato pode parecer um problema menor, mas interfere diretamente na qualidade de vida e pode sinalizar condições mais graves.
Diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para restaurar, sempre que possível, a função olfativa e prevenir complicações.
Fonte: Manual MSD
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