As causas comuns de alopecia são hereditariedade, uso de certos medicamentos, estresse emocional ou físico, doença tireoidiana, sífilis, deficiências nutricionais e, possivelmente, covid-19.
Alguns tipos de alopecia cicatricia atingem desproporcionalmente grupos étnicos e gêneros específicos. Embora geralmente clinicamente benigna, a alopecia pode causar sofrimento emocional e psicossocial, reduzindo a qualidade de vida.
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A apresentação da alopecia areata é imprevisível, com variações extremas em termos de duração e extensão da doença entre os pacientes. São características áreas de alopecia lisas, levemente eritematosas (cor de pêssego) ou normocoradas. Os pelos em ponto de exclamação (afunilamento em sua parte proximal) são patognomônicos, mas nem sempre presentes.
A perda de cabelo ou pelos em outras regiões também reforça o diagnóstico. Na primeira manifestação, o quadro costuma ser localizado, com a maioria dos pacientes apresentando uma única área de calvície. Não existe correlação entre o número inicial de regiões de calvície e a gravidade subsequente.
Alguns pacientes sentem queimação ou prurido na região acometida. A alopecia areata geralmente atinge o couro cabeludo, mas pode ocorrer em qualquer região com pelos, podendo acometer mais de uma área ao mesmo tempo.
Saiba mais sobre a apresentação da alopecia areata.
A alopecia areata é uma forma de perda de cabelo de mediação imunitária. Quando comparados aos controles, pacientes com esse quadro têm uma prevalência significativamente maior de comorbidades autoimunitárias e psiquiátricas no momento do diagnóstico. Essa associação é bidirecional, já que o risco de novos diagnósticos autoimunes e psiquiátricos também aumenta após o início da alopecia .
O considerável impacto da alopecia areata na saúde mental, particularmente nos casos graves, foi constatado em outros estudos. A maioria dos participantes relatou redução significativa na saúde mental e/ou no humor, manifestada por baixa autoestima e dificuldades nas atividades diárias.
Saiba mais sobre a alopecia areata.
A finasterida é um dos dois únicos medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para o tratamento da alopecia androgenética, junto com o minoxidil. Inibidor da 5-α-redutase, a finasterida é um tratamento oral de longo prazo que reduz os níveis de di-hidrotestosterona responsáveis pela alopecia androgenética.
Disfunção erétil, diminuição da libido e outras disfunções sexuais são efeitos adversos conhecidos.
Embora a finasterida tenha sido associada à ginecomastia e, de forma controversa, ao câncer de mama masculino, não há evidências de associação com o câncer de pulmão ou aumento da incidência de câncer do útero nas mulheres. Além disso, a finasterida não é indicada para as mulheres com alopecia androgenética, sendo contraindicada para aquelas com potencial de engravidar devido aos riscos ao desenvolvimento fetal.
Não se sabe se a finasterida causa cabelos quebradiços no couro cabeludo.
Saiba mais sobre os tratamentos da alopecia androgenética.
A alopecia cicatricial centrífuga central é uma forma de alopecia cicatricial linfocítica inflamatória que acomete principalmente mulheres negras. Além disso, a história obstétrica foi identificada como fator de risco significativo, com pacientes 11,71 vezes mais propensas a ter tido uma gestação.
Embora as evidências sobre outros determinantes sejam inconclusivas, alguns possivelmente associados ao quadro são o uso de relaxantes químicos para cabelos, diabetes tipo 2, hiperlipidemia, deficiência de vitamina D e leiomiomas uterinos. A dermatite seborreica também foi identificada como um possível fator desencadeante.
Estilos de cabelo mais longos, juventude e hipertensão arterial não foram identificados como fatores de risco de alopecia cicatricial centrífuga central.
Este conteúdo foi traduzido do Medscape