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Apneia do sono: quando o ronco é um sinal de alerta

Apneia do sono

Você ou alguém da sua casa ronca alto, faz pausas na respiração durante a noite ou acorda sempre cansado, mesmo após várias horas de sono? Esses podem ser sinais de apneia do sono, um distúrbio comum, mas frequentemente ignorado, que pode trazer sérias consequências para a saúde se não for tratado corretamente.


Neste artigo, você vai descobrir o que é a apneia do sono, como ela afeta o corpo, os principais sintomas, formas de diagnóstico e opções de tratamento.


O que é apneia do sono?

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por interrupções repetidas da respiração durante o sono, causadas pelo colapso parcial ou total das vias aéreas superiores.


Essas pausas podem durar de alguns segundos até mais de um minuto, ocorrendo dezenas ou até centenas de vezes por noite.


O que acontece com o corpo durante a apneia?


Durante um episódio de apneia:


  • A musculatura da garganta relaxa em excesso;

  • O ar para de passar pela garganta ou passa com dificuldade;

  • Os níveis de oxigênio no sangue caem;

  • O cérebro envia sinais para que a pessoa “acorde” e volte a respirar.


Esse “microdespertar” pode acontecer sem que a pessoa perceba, mas interrompe o ciclo do sono e impede um descanso profundo e reparador.


Principais sintomas da apneia do sono


Embora o ronco seja um sintoma comum, há muitos outros sinais que podem indicar a presença do distúrbio:


  • Ronco alto e frequente;

  • Pausas na respiração observadas por outra pessoa;

  • Sono agitado, com despertares frequentes;

  • Acordar com dor de cabeça ou boca seca;

  • Sonolência excessiva durante o dia;

  • Dificuldade de concentração e irritabilidade;

  • Queda de rendimento no trabalho ou estudos;

  • Impotência sexual e queda da libido.


Quem tem mais risco de desenvolver apneia do sono?


Alguns fatores aumentam a chance de ter o distúrbio, como:


  • Sobrepeso e obesidade;

  • Idade acima de 40 anos;

  • Homens têm mais risco que mulheres (embora elas também possam ter);

  • Consumo de álcool ou sedativos;

  • Tabagismo;

  • Presença de amígdalas grandes ou desvio de septo nasal;

  • Histórico familiar de apneia do sono.


Quais os riscos da apneia não tratada?


A apneia do sono não tratada pode ter consequências graves e até fatais. As quedas frequentes da oxigenação noturna e a fragmentação do sono estão associadas a:


  • Hipertensão arterial;

  • Infarto e arritmias cardíacas;

  • Acidente vascular cerebral (AVC);

  • Diabetes tipo 2;

  • Depressão e ansiedade;

  • Déficits cognitivos;

  • Maior risco de acidentes de trânsito e trabalho.


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico é feito principalmente por meio do exame chamado polissonografia, que monitora a respiração, batimentos cardíacos, oxigenação e movimentos corporais durante o sono.


Esse exame pode ser realizado:


  • Em clínicas do sono, com monitoramento completo;

  • Em casa, com polissonografia portátil (em casos selecionados).


O resultado classifica a apneia em leve, moderada ou grave, de acordo com o número de pausas por hora de sono (índice AHI).


Quais são os tratamentos para apneia do sono?


O tratamento depende da gravidade do distúrbio e das características de cada pessoa. As principais abordagens são:


  • Mudanças no estilo de vida: perder peso, parar de fumar e evitar álcool antes de dormir;

  • Uso de CPAP: aparelho que envia fluxo contínuo de ar para manter as vias aéreas abertas;

  • Dispositivos orais: semelhantes a placas dentárias, indicados para casos leves ou moderados;

  • Cirurgias: para correção de amígdalas, septo nasal ou excesso de tecido na garganta;

  • Tratamentos posicionais: dormir de lado pode ajudar em alguns casos.


Como melhorar a qualidade do sono no dia a dia?


Além do tratamento específico, é possível adotar hábitos saudáveis para melhorar a qualidade do sono:


  • Manter horários regulares para dormir e acordar;

  • Evitar telas e estímulos fortes antes de dormir;

  • Fazer refeições leves à noite;

  • Dormir em ambiente escuro, silencioso e confortável;

  • Praticar atividade física (mas não próximo da hora de dormir).


Essas práticas ajudam a complementar o tratamento e reduzir os impactos da apneia na vida diária.


Conclusão

A apneia do sono é mais do que um simples ronco — é um distúrbio sério que pode comprometer sua saúde física e mental, seu desempenho e até sua segurança. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença na qualidade de vida.


Se você ou alguém próximo apresenta sinais de apneia, procure um médico e investigue. Dormir bem é mais do que descansar: é cuidar da saúde.

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