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Dengue: causas, sintomas, prevenção e tratamentos


Dengue

A dengue é uma infecção viral transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti, e representa um grande desafio de saúde pública em países tropicais e subtropicais.


Embora a maioria dos casos seja autolimitada e resolva sem complicações, formas graves, como a dengue hemorrágica, podem levar a sangramentos importantes e risco de morte, especialmente em crianças.


Neste artigo, vamos explicar detalhadamente o que é a dengue, como ela se manifesta, quais são os riscos associados, como é feito o diagnóstico e quais medidas de prevenção e tratamento estão disponíveis atualmente.


O que é dengue


A dengue é causada pelo vírus da dengue, transmitido ao ser humano pela picada do mosquito infectado. A doença é amplamente disseminada em regiões tropicais e subtropicais, como o sudeste da Ásia, a América Central, a América do Sul e o Caribe, incluindo países como Brasil, México, Tailândia e Filipinas.


Após a picada do mosquito infectado, o vírus circula no sangue e desencadeia uma resposta inflamatória no corpo, gerando sintomas que podem variar de leves a graves.


Como ocorre a transmissão da dengue


A transmissão da dengue ocorre quando o mosquito Aedes aegypti pica uma pessoa infectada e, em seguida, pica outra pessoa saudável, transmitindo o vírus. Esse ciclo é reforçado em áreas com alta densidade populacional e condições ambientais propícias, como acúmulo de água parada, que serve de criadouro para os mosquitos.


É importante destacar que não existe transmissão direta de pessoa para pessoa, apenas pela picada do mosquito vetor.


Quais são os sintomas da dengue


Os sintomas da dengue geralmente aparecem entre quatro e dez dias após a picada infectante e podem incluir:


  • Febre alta acompanhada de calafrios;

  • Dor de cabeça intensa;

  • Dor ao mover os olhos;

  • Dores musculares e articulares intensas, conhecidas como “febre quebra-ossos”;

  • Erupção cutânea, inicialmente na face e depois espalhando-se para tronco e membros

  • Fraqueza intensa e cansaço prolongado, que podem persistir por semanas em casos graves.


Após uma breve melhora inicial, os sintomas podem retornar, especialmente a febre e a erupção cutânea, dessa vez acometendo peito, costas, braços e face.


O que é dengue hemorrágica


A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença e acomete principalmente crianças menores de 10 anos que vivem em áreas endêmicas. Ela apresenta os sintomas clássicos da dengue acompanhados por:


  • Sangramento pelo nariz, boca, gengivas, reto ou por feridas;

  • Dor abdominal intensa;

  • Vômitos com sangue;

  • Presença de sangue nas fezes ou urina;

  • Manchas roxas sob a pele (petequias);

  • Queda acentuada da pressão arterial, levando ao choque.

Essa condição é uma emergência médica e exige atendimento hospitalar imediato.

Como é feito o diagnóstico da dengue

O diagnóstico da dengue é feito com base nos sintomas clínicos e no histórico recente de exposição a áreas endêmicas. Para confirmação, podem ser solicitados exames de sangue que detectam antígenos virais, anticorpos específicos ou alterações hematológicas típicas, como queda nas plaquetas e aumento do hematócrito.

Como é o tratamento da dengue

Não existe um medicamento específico para eliminar o vírus da dengue. O tratamento é sintomático e inclui:

  • Uso de paracetamol para controlar a febre e aliviar dores;

  • Hidratação oral intensa e, em casos mais graves, hidratação intravenosa;

  • Evitar medicamentos que aumentam o risco de sangramento, como aspirina e ibuprofeno;

  • Repouso absoluto durante a fase aguda.

Nos casos graves, como a dengue hemorrágica, pode ser necessária internação hospitalar, administração de soro por via venosa e, em situações extremas, transfusão de sangue.


Como prevenir a dengue


A prevenção da dengue envolve tanto medidas individuais quanto estratégias coletivas para reduzir a população de mosquitos. Entre as principais recomendações estão:

  • Usar repelentes contendo DEET (dietiltoluamida)

  • Vestir roupas de manga longa e calças compridas em áreas de risco

  • Instalar telas em portas e janelas

  • Dormir sob mosquiteiros, especialmente em regiões afetadas

  • Eliminar recipientes que possam acumular água parada, como pneus velhos, vasos de planta, calhas e caixas d’água abertas

Vacinas contra a dengue

Atualmente, existem vacinas aprovadas contra a dengue, mas sua aplicação depende de fatores como idade, histórico prévio de infecção e área geográfica.


As duas principais vacinas são:


Dengvaxia (Sanofi Pasteur)


  • Foi a primeira vacina aprovada contra a dengue em países como Brasil, México e Filipinas, além de territórios dos Estados Unidos como Porto Rico.

  • É indicada apenas para crianças e adolescentes de 9 a 16 anos que já tiveram infecção prévia por dengue (soropositivos).

  • Isso ocorre porque, em pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, a vacina pode aumentar o risco de formas graves da doença em infecções futuras.

  • A vacina oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue e ajuda a reduzir hospitalizações e casos graves.


Qdenga (Takeda)

  • Recentemente aprovada no Brasil, Indonésia, União Europeia e Reino Unido, a Qdenga é considerada uma evolução importante.

  • Pode ser administrada em pessoas mesmo que nunca tenham tido dengue, ampliando o público-alvo.

  • Apresenta eficácia tanto na redução de casos sintomáticos quanto na prevenção de hospitalizações relacionadas à doença.


Lembrando que as vacinas contra a dengue não substituem as medidas de prevenção ambiental e pessoal, como eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes, roupas adequadas e telas protetoras.


Além disso, a vacinação também não está disponível para todos os grupos populacionais em sistemas públicos, sendo direcionada a públicos específicos de acordo com as recomendações de cada país. Novas vacinas seguem em desenvolvimento e pesquisa, com a expectativa de ampliar ainda mais as opções de prevenção no futuro.


Conclusão

A dengue continua sendo uma das principais ameaças à saúde pública nas regiões tropicais e subtropicais. Compreender seus sintomas, formas de transmissão, métodos de prevenção e as possibilidades de tratamento é essencial para reduzir sua disseminação e evitar complicações graves.


A prevenção é a principal arma contra a doença, e envolve tanto o cuidado individual quanto ações coletivas de combate ao mosquito vetor. Manter-se informado, eliminar criadouros e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas são medidas essenciais para proteger a saúde e evitar complicações.

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