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Frequência urinária: fisiopatologia, etiologia, avaliação e tratamento




  • Fisiopatologia

  • Etiologia

  • Avaliação

  • Tratamento

  • Fundamentos de geriatria

  • Pontos-chave


A frequência urinária corresponde à necessidade de urinar várias vezes durante o dia, a noite (noctúria) ou ambos, mas com volume normal ou quase normal. A frequência pode ser acompanhada de sensação de urgência para urinar (urgência urinária). Deve-se distinguir frequência urinária de poliúria, na qual o débito urinário é > 3 l/dia.

Fisiopatologia da frequência urinária

A frequência urinária geralmente resulta de alterações do trato urinário inferior. Inflamação da bexiga, uretra ou ambos causa sensação de necessidade de urinar. Entretanto, esta sensação não é melhorada com o esvaziamento da bexiga e, uma vez esvaziada, os pacientes continuam a tentar urinar, mas eliminam pequenos volumes de urina.


Etiologia da frequência urinária Há muitas causas da frequência urinária


  • Infecções do trato urinário

  • Incontinência urinária

  • Hiperplasia prostática benigna

  • Cálculos do trato urinário

Avaliação da frequência urinária História

História da doença atual deve buscar inicialmente determinar as quantidades de líquidos consumidos e eliminados para distinguir frequência urinária de poliúria. Caso haja frequência urinária, deve-se perguntar ao paciente sobre início, presença ou ausência de sintomas irritativos (p. ex., irritação, urgência, disúria), sintomas obstrutivos (p. ex., hesitância, jato fraco, sensação de esvaziamento incompleto, noctúria) e contatos sexuais recentes. A revisão de sistemas deve cobrir os sintomas sugestivos de alguma causa, como febre, dor no flanco ou na região inguinal e hematúria (infecção); amenorreia, edema de mamas e náuseas matinais (gestação); além de artrite e conjuntivite (artrite reativa).

A história clínica deve perguntar sobre causas conhecidas, incluindo doença prostática e radioterapia ou cirurgias pélvicas prévias. São revisados a dieta e o uso de fármacos, para busca de agentes que aumentem o débito urinário (p. ex., diuréticos, álcool, bebidas cafeinadas).


Exame físico Focaliza o sistema urinário. Qualquer corrimento uretral ou quaisquer lesões consistentes com infecções sexualmente transmissíveis são notados. Deve-se realizar o toque retal em homens quanto ao tamanho e à consistência da próstata e tônus retal; o exame pélvico em mulheres deve notar a presença de cistocele. Deve-se instruir as pacientes a tossir enquanto se observa a uretra na busca de sinais de perda de urina.

O ângulo costovertebral deve ser palpado quanto à presença de dolorimento, e o exame do abdome deve notar a presença de quaisquer massas ou dolorimento suprapúbico. O exame neurológico deve buscar fraqueza de membros inferiores e perda de sensibilidade.


Sinais de alerta

Os achados a seguir são particularmente preocupantes:

  • Fraqueza nos membros inferiores ou sinais de danos na coluna (p. ex., perda de sensibilidade em um nível segmentar, perda de tônus do esfíncter anal e reflexo da prega anal)

  • Febre e dor lombar

Interpretação dos achados

Disúria sugere frequência e é decorrente de infecção do trato urinário ou cálculos. Cirurgia pélvica prévia sugere incontinência. Jato fraco, noctúria ou ambos sugerem hiperplasia benigna da próstata. Frequência urinária em jovens sadios pode ser causada por ingestão excessiva de álcool ou bebibas cafeinadas. Hematúria grave sugere uma infecção do trato urinário e cálculos em pacientes mais jovens, e câncer geniturinário em pacientes mais velhos.


Exames

Todos os pacientes necessitam de exame de urina e cultura, que são facilmente realizados e podem detectar infecção e hematúria.

Cistoscopia, cistometria e uretrocistografia podem ser realizados para diagnosticar cistite, obstrução do colo vesical e cistocele. Determinação do nível de antígeno prostático específico, ultrassonografia e biópsia da próstata podem ser necessários, especialmente em homens mais velhos, para diferenciar hiperplasia prostática benigna de câncer da próstata.


Tratamento da frequência urinária O tratamento varia de acordo com a causa.

Frequência urinária em pacientes idosos geralmente é causada por obstrução do colo vesical secundária ao aumento da próstata ou câncer. Estes pacientes geralmente necessitam de determinação do volume residual pós-miccional. Infecções do trato urinário ou uso de diuréticos podem ser causas em ambos os sexos.


Pontos-chave

  • Uma infecção do trato urinário é a causa mais comum em crianças e mulheres.

  • A doença prostática é a causa mais comum em homens > 50 anos de idade.

  • Ingestão excessiva de cafeína pode causar frequência urinária em pessoas saudáveis.


Por Geetha Maddukuri , MD, Saint Louis University Avaliado clinicamente jan 2021


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