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Infecções respiratórias em crianças: como prevenir e identificar casos graves



Infecções respiratórias em crianças


As infecções respiratórias em crianças representam uma das principais causas de procura por atendimento pediátrico em todo o mundo. Estima-se que, especialmente em países em desenvolvimento, doenças como bronquiolite, pneumonia e gripe sejam responsáveis por uma parcela significativa das hospitalizações infantis, impactando diretamente a saúde pública.


Neste blogpost, abordaremos os principais agentes infecciosos, fatores de risco, medidas de prevenção e os sinais de alerta para identificação de casos graves, ajudando médicos e famílias a manterem as crianças seguras.


Principais agentes causadores de infecções respiratórias em crianças


Entre os principais vírus e bactérias envolvidos, destacam-se:


Agente infeccioso

Doença principal

Vírus sincicial respiratório (VSR)

Bronquiolite, pneumonia

Influenza A e B

Gripe, pneumonia viral

Parainfluenza

Laringotraqueobronquite (crupe)

Adenovírus

Resfriados, conjuntivites

Streptococcus pneumoniae

Pneumonia bacteriana, sinusite

Haemophilus influenzae

Pneumonia, otite média


Esses agentes se disseminam principalmente por gotículas respiratórias, contato direto ou superfícies contaminadas, tornando ambientes coletivos — como creches e escolas — locais de alta transmissão.


Fatores de risco para infecções respiratórias graves


Embora a maioria das infecções respiratórias tenha curso autolimitado, alguns grupos apresentam maior risco de complicações:


  • Lactentes menores de 6 meses;

  • Crianças não vacinadas;

  • Prematuros;

  • Portadores de doenças cardíacas ou pulmonares crônicas (como displasia broncopulmonar);

  • Imunodeprimidos (como crianças em tratamento quimioterápico).


Esses pacientes merecem atenção redobrada, pois apresentam menor capacidade de resposta imunológica e maior risco de evolução para quadros graves.


Como prevenir infecções respiratórias em crianças


A prevenção é baseada em três pilares principais:


  • Vacinação: garantir o calendário vacinal atualizado, incluindo gripe, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

  • Higiene das mãos: lavar frequentemente as mãos das crianças e dos cuidadores, principalmente após tossir, espirrar ou mexer em objetos de uso coletivo.

  • Ambientes ventilados: evitar aglomerações e manter os ambientes bem arejados, reduzindo a concentração de partículas virais no ar.


Além disso, recomenda-se o uso de máscara para adultos com sintomas gripais ao cuidar de bebês, especialmente nos primeiros meses de vida.


Sinais de alerta: quando suspeitar de casos graves?


Reconhecer precocemente os sinais de gravidade pode salvar vidas. É fundamental orientar pais e cuidadores para procurar atendimento médico imediato diante de sintomas como:


  • Respiração acelerada ou esforço respiratório (batimento de asa nasal, retrações intercostais, gemido);

  • Cianose (lábios e extremidades arroxeadas);

  • Letargia ou dificuldade para acordar;

  • Desidratação (boca seca, choro sem lágrimas, diminuição de diurese);

  • Febre persistente (> 39°C) por mais de 72 horas.


O atendimento precoce em unidades de saúde é essencial para garantir suporte respiratório e reduzir complicações.


Tratamento das infecções respiratórias em crianças


Quando a criança apresenta sintomas leves, como coriza, tosse e febre baixa, a conduta indicada é tratamento sintomático, boa hidratação e repouso.


Caso surjam sinais de alerta — como dispneia (dificuldade respiratória), cianose (lábios ou extremidades arroxeadas), sonolência excessiva ou recusa alimentar — é essencial procurar imediatamente um serviço de saúde.


No ambiente hospitalar, o diagnóstico será confirmado e será realizado o manejo necessário, que pode incluir oxigenoterapia, administração de antibióticos e suporte ventilatório, conforme a gravidade do caso.


Conclusão


Infecções respiratórias em crianças são parte do dia a dia dos pediatras e das famílias, mas saber preveni-las e identificar sinais de gravidade pode fazer toda a diferença no desfecho clínico. Profissionais de saúde e pais devem trabalhar juntos, promovendo um ambiente seguro e garantindo o acesso rápido ao atendimento adequado.

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