Nariz entupido: causas, avaliação e tratamentos para congestão nasal e coriza

medicinaatualrevis
9 de abr.
3 min de leitura

A congestão nasal, popularmente conhecida como nariz entupido, é um sintoma extremamente comum que afeta milhões de pessoas todos os anos.

Muitas vezes acompanhada por coriza (secreção nasal), essa condição pode ser temporária e leve, mas também pode sinalizar problemas mais sérios, como infecções dos seios paranasais ou reações alérgicas.

Confira nesse artigo uma visão abrangente sobre as causas, características clínicas, diagnóstico e tratamento do nariz entupido.

Causas comuns de nariz entupido

As causas mais comuns de congestão nasal e coriza incluem:

Infecções virais das vias respiratórias superiores (resfriados): causam inflamação e produzem secreção aquosa ou viscosa, geralmente acompanhada por dor de garganta, mal-estar e mucosa nasal avermelhada.
Reações alérgicas (rinite alérgica): resultam em coriza aquosa, espirros frequentes, olhos lacrimejantes e coceira nos olhos. A mucosa nasal fica pálida, inchada e macia. Os sintomas tendem a piorar em certas épocas do ano ou após exposição a alérgenos.

Causas menos comuns

Algumas causas menos frequentes, mas que também merecem atenção, são:

Sinusite aguda: infecção dos seios paranasais, com secreção purulenta, dor facial, gosto metálico, dor de cabeça e sensibilidade nas bochechas ou sobrancelhas. A secreção é frequentemente unilateral.
Objeto estranho no nariz: comum em crianças. Pode causar coriza unilateral com odor fétido, por vezes com sangue. Adultos com problemas psiquiátricos também podem apresentar esse quadro.
Abuso de sprays descongestionantes nasais: o uso prolongado (mais de 3 a 5 dias) pode causar uma congestão de rebote (rinite medicamentosa), onde o nariz volta a entupir ainda mais após o efeito do remédio passar.
Rinite vasomotora: secreção nasal aquosa, espirros e mucosa nasal vermelha e inchada, mas sem alérgenos identificáveis.

Como o médico avalia o nariz entupido

A maioria dos casos leves e de curta duração não requer avaliação médica. No entanto, é importante estar atento a sinais de alerta:

Corrimento apenas de um lado do nariz, especialmente com pus ou sangue;
Dor facial ou sensibilidade;
Suspeita de corpo estranho no nariz (especialmente em crianças).

Se algum desses sinais estiver presente, deve-se procurar atendimento médico imediato.

O que o médico analisa:

Durante a consulta, o médico investigará:

Tipo de secreção nasal (aquosa, espessa, purulenta, com sangue);
Duração e frequência dos sintomas (crônicos ou intermitentes);
Sintomas associados (como febre, tosse, espirros, dor de garganta, coceira nos olhos);
Uso recente de sprays descongestionantes;
Possíveis exposições ambientais (pólen, animais domésticos, poeira).

Além disso, o médico pode examinar visualmente o nariz e a face para identificar sinais de infecção nos seios da face, como vermelhidão ou sensibilidade nos locais dos seios frontais e maxilares.

Tratamento do nariz entupido

O tratamento depende da causa específica:

Infecções virais: geralmente não requerem antibióticos. O manejo é sintomático, com repouso, hidratação e uso de analgésicos ou antitérmicos.
Rinites alérgicas: o tratamento inclui anti-histamínicos, corticosteroides nasais e evitar exposição a alérgenos conhecidos.
Sinusite bacteriana: pode necessitar de antibióticos prescritos após avaliação médica.
Rinite medicamentosa: é necessário suspender o uso do descongestionante e, em alguns casos, o uso de corticosteroides é indicado para reduzir a inflamação.
Corpo estranho: deve ser removido por um profissional de saúde.

Quando se preocupar

Consulte um médico se:

O nariz entupido durar mais de 10 dias sem melhora;
Houver secreção fétida ou com sangue;
A congestão for persistente e unilateral;
Crianças apresentarem dificuldade para respirar ou se alimentar devido à obstrução nasal.

Conclusão

O nariz entupido pode ser mais do que um simples incômodo. Em muitos casos, é um sintoma temporário de uma condição leve, como um resfriado. No entanto, quando persistente ou acompanhado de outros sinais de alerta, pode indicar problemas mais sérios que exigem avaliação médica. Conhecer as possíveis causas e tratamentos ajuda a lidar com o sintoma de forma mais eficaz e a procurar ajuda quando necessário. Manter hábitos saudáveis e evitar automedicação são atitudes fundamentais para garantir a saúde das vias respiratórias.

Fonte: Manual MSD