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Novas orientações da OMS e SBP sobre alimentação infantil refletem evolução do conhecimento médico


bebê comendo frutas

Em outubro de 2023, um guia atualizado da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a nutrição de crianças entre seis meses e dois anos foi divulgado, introduzindo alterações significativas nas práticas recomendadas anteriormente. Este guia reflete a evolução constante das diretrizes médicas. Paralelamente, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu, em 07 de novembro, uma nota técnica, abordando essas mudanças e adaptando-as ao contexto brasileiro.


As atualizações médicas são frequentes, refletindo novos estudos e contextos variáveis. Profissionais de saúde estão habituados a se atualizar constantemente para oferecer um atendimento baseado nas melhores evidências disponíveis. Por outro lado, o público geral pode encontrar desafios ao interpretar essas mudanças, especialmente em um ambiente influenciado pelas redes sociais.


Um exemplo notável é a orientação para a alimentação infantil. Até recentemente, a introdução alimentar precoce ou o uso de leite de vaca integral antes dos seis meses de vida do bebê eram vistos com ressalvas. No entanto, as novas diretrizes da OMS sugerem uma abordagem diferente.


Principais pontos das novas recomendações para alimentação infantil


1. Introdução alimentar precoce: A OMS agora reconhece que em alguns casos, a introdução alimentar antes dos seis meses pode ser benéfica. Embora não haja evidências concretas sobre as vantagens de iniciar a alimentação complementar exatamente aos seis meses, é essencial considerar o desenvolvimento individual de cada bebê, assim como influências culturais e familiares.


2. Uso de leite de vaca Integral: O guia da OMS agora sugere que o leite de vaca integral pode ser uma opção para bebês de 6 a 11 meses que não são amamentados, enquanto a partir de um ano de vida, recomenda-se leite de origem animal. A SBP, entretanto, ainda aconselha o uso de fórmulas até o final do primeiro ano. É importante considerar aspectos econômicos e nutricionais, como a disponibilidade de ferro e vitamina D.


3. Consumo de sucos de frutas naturais: A OMS abordou o consumo de sucos naturais, esclarecendo que não encontrou impactos negativos significativos na saúde. Porém, recomenda-se evitar sucos concentrados, especialmente em crianças abaixo de um ano, devido ao alto teor de açúcar natural.


É fundamental que profissionais da saúde se mantenham atualizados e comuniquem efetivamente essas mudanças aos pacientes e familiares. A medicina é um campo de conhecimento em constante evolução, e raramente há verdades absolutas.

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