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Pólipos intestinais: o que são, sintomas, diagnóstico e tratamento


Pólipos intestinais

Os pólipos intestinais são formações arredondadas, geralmente lisas, que crescem na mucosa interna do intestino grosso (cólon) ou do reto.


Esses crescimentos podem se apresentar isoladamente ou em múltiplos e, embora a maioria seja benigna, alguns pólipos podem se transformar em câncer ao longo do tempo.


Os pólipos variam em tamanho e forma. Alguns são planos, outros crescem em hastes (pediculados). Quanto maior o pólipo, maior é a probabilidade de que ele seja cancerígeno ou se torne maligno no futuro.


Por esse motivo, sua identificação precoce e remoção são fundamentais para a prevenção do câncer colorretal.


Causas dos pólipos intestinais


Geralmente, os pólipos intestinais surgem sem causa identificável. No entanto, algumas condições genéticas aumentam significativamente o risco de desenvolvimento de pólipos, como:


  • Polipose adenomatosa familiar: doença hereditária rara associada a alto risco de câncer de cólon.

  • Síndrome de Peutz-Jeghers: caracterizada por pólipos em diferentes partes do trato gastrointestinal e manchas pigmentadas na pele.


Fatores de risco adicionais incluem idade avançada, dieta pobre em fibras e rica em gorduras, histórico pessoal ou familiar de pólipos ou câncer colorretal, sedentarismo, tabagismo e obesidade.


Sintomas dos pólipos intestinais


A maioria dos pólipos intestinais não apresenta sintomas, sendo detectados apenas por meio de exames de rastreamento, como a colonoscopia. Quando presentes, os sintomas mais comuns incluem:


  • Sangramento retal.

  • Presença de sangue nas fezes.

  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistente).

  • Dor ou desconforto abdominal.

  • Sensação de evacuação incompleta.


Pólipos de maior tamanho podem causar obstrução intestinal, resultando em cólicas intensas e dificuldade na passagem das fezes.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico dos pólipos intestinais é realizado por meio de exames endoscópicos. Os principais métodos são:


  • Sigmoidoscopia: exame que avalia a parte inferior do cólon (sigmoide e reto).

  • Colonoscopia: exame completo do intestino grosso, sendo o mais indicado para rastreamento e remoção de pólipos.


Durante esses procedimentos, um tubo flexível com câmera é inserido pelo ânus, permitindo a visualização direta da mucosa intestinal. Se pólipos forem encontrados, eles podem ser removidos imediatamente com o uso de ferramentas específicas acopladas ao endoscópio.


Outros exames, como o teste de sangue oculto nas fezes, podem indicar a necessidade de uma colonoscopia, principalmente em pacientes assintomáticos.


Tratamento dos pólipos intestinais


O tratamento padrão dos pólipos intestinais consiste em sua remoção. Isso pode ser feito durante a própria colonoscopia, por meio de técnicas como:


  • Polipectomia com alça de eletrocautério.

  • Ressecção endoscópica em blocos.


Se o pólipo for muito grande ou estiver localizado em uma área de difícil acesso, pode ser necessária cirurgia para remoção parcial do intestino afetado.


Nos casos em que o pólipo removido apresenta células cancerígenas, o paciente será submetido a novos exames de estadiamento e poderá precisar de tratamento oncológico complementar.


Prevenção e rastreamento


A melhor maneira de prevenir complicações relacionadas aos pólipos intestinais é através do rastreamento regular, principalmente a partir dos 45 ou 50 anos, dependendo dos fatores de risco pessoais e familiares.


Recomendações incluem:


  • Colonoscopia a cada 10 anos, se nenhum pólipo for detectado.

  • Rastreamento mais frequente em casos de histórico familiar ou de pólipos anteriores.

  • Adoção de hábitos saudáveis: dieta rica em fibras, controle do peso, prática de atividades físicas e abandono do tabagismo.


Convivendo com pólipos intestinais


A descoberta de pólipos intestinais pode gerar preocupação, mas é importante lembrar que a maioria deles é tratável e removível. O acompanhamento médico regular e a realização de exames periódicos são fundamentais para prevenir a progressão para o câncer colorretal.


Pacientes diagnosticados devem seguir cuidadosamente as recomendações de rastreamento e, quando necessário, realizar novos exames de controle para monitorar possíveis recidivas.


Conclusão


Pólipos intestinais são alterações comuns e, muitas vezes, silenciosas no cólon e no reto. Sua detecção precoce por meio de exames como a colonoscopia é essencial para prevenir o desenvolvimento de câncer colorretal, uma das principais causas de morte por câncer no mundo.


Fonte: Manual MSD


Manter uma rotina de cuidados com a saúde intestinal, adotar hábitos alimentares saudáveis e seguir as orientações médicas são passos fundamentais para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

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