Abstrato
Introdução: A hemofilia compreende um grupo de doenças hemorrágicas ligadas ao cromossomo X que resultam da deficiência de fatores de coagulação. A doença afeta principalmente homens e leva a dor crônica, deformidade articular, mobilidade reduzida e aumento da mortalidade. As terapias atuais requerem a administração frequente de fatores de coagulação de reposição, mas o surgimento de aloanticorpos (inibidores) diminui sua eficácia. Novas terapias estão sendo desenvolvidas para produzir os fatores de coagulação deficientes e prevenir o surgimento de inibidores.
Áreas abrangidas: Este artigo fornece uma atualização sobre as características e a fisiopatologia da hemofilia A, bem como os tratamentos atuais, com foco especial nos ensaios clínicos em andamento relacionados às terapias de substituição genética.
Opinião de especialistas: As terapias de reposição de genes fornecem expressão transgênica segura, durável e estável, evitando os desafios das terapias de reposição de fator de coagulação em pacientes com hemofilia. Melhorar a especificidade da construção viral e diminuir a dose terapêutica são fundamentais para minimizar o estresse celular, a indução da resposta de proteína desdobrada e a consequente perda de produção de proteína nas células do fígado. As terapias genéticas de próxima geração que incorporam sequências quiméricas de DNA no transgene podem aumentar a síntese e a secreção do fator de coagulação e aumentar a eficácia, segurança e durabilidade da terapia de substituição genética para a hemofilia A, bem como para outros distúrbios da coagulação sanguínea.
Palavras-chave: Vírus adeno-associado; estresse celular; testes clínicos; coagulação; fator viii; terapia de genes; hemofilia A; inibidores; transgene; resposta de proteína desdobrada.