Vômitos em bebês e crianças: causas, sinais de alerta e quando buscar ajuda médica
- medicinaatualrevis
- 28 de mar.
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O vômito é um sintoma comum na infância e pode ter diferentes significados dependendo da idade e da frequência com que ocorre.
Nos bebês, é importante diferenciar vômito de regurgitação — enquanto a regurgitação é o retorno leve de alimento após a mamada, o vômito envolve contrações musculares fortes e a eliminação forçada do conteúdo estomacal.
Embora, na maioria das vezes, o vômito esteja associado a quadros leves como viroses, ele também pode ser sinal de condições mais graves que exigem avaliação médica imediata.
Saber quando se preocupar e o que observar é essencial para garantir a saúde e segurança da criança. Conheça as principais causas dos vômitos em bebês e crianças!
Diferença entre vômito e regurgitação
Nos primeiros meses de vida, muitos bebês regurgitam após as mamadas. Isso acontece porque o sistema digestivo ainda está em desenvolvimento. A regurgitação é comum, não causa desconforto e não está associada a contrações abdominais intensas.
Já o vômito é um processo ativo, com esforço visível, podendo ocorrer com maior volume e força, e pode estar relacionado a doenças ou intolerâncias alimentares.
Causas comuns de vômitos em bebês e crianças
As causas variam conforme a faixa etária. Em recém-nascidos e bebês, os motivos mais frequentes incluem:
Gastroenterite viral (infecção leve e autolimitada);
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);
Alergia à proteína do leite de vaca;
Intolerâncias alimentares;
Alimentação excessiva ou muito rápida.
Em crianças mais velhas, a causa mais comum é também a gastroenterite viral, frequentemente acompanhada de diarreia e febre leve.
Causas menos comuns e mais graves
Algumas condições exigem atenção redobrada, especialmente em bebês com menos de três meses. São elas:
Estenose pilórica: estreitamento da saída do estômago, comum entre a terceira e sexta semana de vida, que causa vômitos em jato;
Obstruções intestinais congênitas;
Intussuscepção: quando uma parte do intestino desliza para dentro de outra;
Infecções graves, como meningite ou infecção urinária;
Apendicite e traumatismos cranianos, principalmente em crianças maiores.
Sinais de alerta que exigem avaliação médica
Alguns sintomas indicam que o vômito pode ser sinal de algo mais grave. Procure atendimento médico se a criança apresentar:
Vômito com sangue ou verde-brilhante;
Vômito em grande quantidade ou em jato (especialmente em bebês pequenos);
Letargia, irritabilidade intensa ou moleira abaulada;
Febre alta, rigidez na nuca ou dor de cabeça intensa;
Inchaço abdominal ou dor persistente;
Falta de urina por mais de 8 horas;
Recusa contínua de líquidos;
Mais de 6 episódios de vômitos ou sintomas persistentes por mais de 24 a 48 horas.
Avaliação e tratamento
O médico avaliará a gravidade do quadro considerando a idade da criança, a frequência dos vômitos, a presença de desidratação e outros sintomas associados. A maior preocupação inicial é evitar ou tratar a desidratação, especialmente em bebês menores, que perdem líquidos com mais facilidade.
A maioria dos quadros leves pode ser manejada com hidratação oral e alimentação leve. Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento hospitalar com soro intravenoso ou exames complementares.
Como cuidar em casa
Para episódios leves, algumas orientações podem ajudar:
Ofereça pequenas quantidades de líquidos com frequência (água, soro de reidratação oral);
Evite forçar a alimentação nas primeiras horas;
Reintroduza os alimentos aos poucos, conforme a aceitação;
Observe sinais de alerta e mantenha contato com o pediatra.
Conclusão
Vômitos em bebês e crianças são frequentes, mas merecem atenção especial. Na maioria das vezes, são causados por infecções leves, porém alguns sinais podem indicar quadros mais sérios.
Observar o comportamento da criança, manter a hidratação e procurar ajuda médica quando necessário são atitudes fundamentais para garantir segurança e bem-estar.
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