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Ejaculação precoce: o que é, por que acontece e como tratar


Ejaculação precoce

A ejaculação precoce é uma das queixas sexuais mais comuns entre os homens — mas também uma das mais negligenciadas. Por vergonha, desinformação ou preconceito, muitos homens preferem não falar sobre o assunto, o que leva a atrasos no diagnóstico e no tratamento de uma condição que pode ter solução.


Trata-se de uma disfunção sexual caracterizada pela ejaculação que ocorre mais rapidamente do que o desejado, geralmente com mínima estimulação sexual e antes ou logo após a penetração. Essa situação pode gerar frustração, ansiedade, constrangimento e até dificuldades nos relacionamentos afetivos e sexuais.


Neste artigo, vamos entender melhor o que é a ejaculação precoce, porque ela acontece, como identificar os sinais e, principalmente, quais são as formas de tratamento disponíveis para quem deseja retomar o controle sobre sua vida sexual e emocional.


O que é considerado ejaculação precoce?


Não existe um "tempo ideal" universal para o orgasmo masculino, mas os especialistas consideram ejaculação precoce quando a pessoa:


  • Ejacula em menos de 1 a 2 minutos após o início da relação sexual;

  • Sente que não tem controle sobre o momento da ejaculação;

  • Sofre consequências emocionais ou interpessoais, como ansiedade, estresse ou conflitos no relacionamento.


A ejaculação precoce pode se manifestar de duas formas:

Tipo

Características

Primária (lifelong)

Presente desde a primeira relação sexual; persistente ao longo da vida

Secundária (adquirida)

Surge após um período de desempenho sexual considerado normal

A condição pode ocorrer com qualquer parceira(o) e em qualquer contexto sexual, o que distingue um episódio ocasional de um quadro clínico contínuo.


Causas: por que acontece a ejaculação precoce?


A ejaculação precoce pode ter origens múltiplas, envolvendo aspectos biológicos, psicológicos e comportamentais.


Causas psicológicas e emocionais:


  • Ansiedade de desempenho

  • Falta de experiência sexual

  • Repressão sexual na infância ou adolescência

  • Problemas no relacionamento afetivo

  • Depressão ou transtornos de ansiedade


Causas biológicas e físicas:

  • Alterações nos receptores de serotonina

  • Inflamações na próstata ou na uretra

  • Disfunção erétil associada

  • Doenças neurológicas

  • Hipersensibilidade peniana

  • Níveis hormonais alterados


Em muitos casos, a ejaculação precoce é resultado de uma combinação de fatores, o que torna essencial uma abordagem multidisciplinar no tratamento.


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico é clínico e feito durante a consulta médica, com base no relato do paciente. O urologista ou andrologista costuma avaliar:


  • Tempo médio até a ejaculação

  • Grau de sofrimento associado

  • Expectativas do paciente

  • Presença de outras disfunções sexuais, como disfunção erétil


Exames laboratoriais ou de imagem geralmente não são necessários, exceto quando há suspeita de causas físicas subjacentes (como infecção ou alterações hormonais).


Quais são os tratamentos disponíveis?


O tratamento da ejaculação precoce deve ser individualizado, levando em conta o tipo (primário ou secundário), os fatores envolvidos e o impacto na qualidade de vida. A boa notícia é que, na maioria dos casos, a resposta ao tratamento é muito positiva.


1. Terapias comportamentais

  • Técnica start-stop: interromper a estimulação sexual ao sentir que o orgasmo se aproxima e retomar após alguns segundos.

  • Técnica do aperto (squeeze): aplicar leve pressão na base do pênis para adiar a ejaculação.

  • Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico (Kegel): ajudam no controle do reflexo ejaculatório.


2. Psicoterapia e terapia sexual

Muito indicada nos casos com forte componente emocional. A psicoterapia auxilia no controle da ansiedade, autoestima e nas questões de relacionamento. Em alguns casos, a terapia de casal é recomendada.


3. Medicamentos orais

Alguns medicamentos originalmente usados para tratar depressão e ansiedade são eficazes em retardar a ejaculação, devido ao seu efeito sobre a serotonina.


O uso deve sempre ser prescrito por um médico. A automedicação pode gerar efeitos colaterais ou prejudicar a saúde sexual.


4. Tratamentos tópicos

  • Anestésicos locais (lidocaína ou prilocaína): reduzem a sensibilidade peniana.

  • Existem pomadas e sprays específicos, mas é importante evitar o uso exagerado para não causar perda de prazer ou irritações.


Dicas para lidar com a ejaculação precoce no dia a dia

  • Evite o consumo excessivo de álcool e cigarro

  • Converse abertamente com o(a) parceiro(a)

  • Pratique exercícios físicos regularmente (melhora o controle do sistema nervoso autônomo)

  • Mantenha hábitos de sono adequados

  • Reduza o estresse e a pressão sobre o desempenho


Quando procurar ajuda médica?


Se o problema for persistente e estiver prejudicando a vida sexual ou emocional, não hesite em buscar um urologista ou terapeuta sexual. Muitos homens demoram anos para procurar ajuda, e isso só prolonga o sofrimento.

Lembre-se: não é fraqueza, não é "frescura", não é falta de masculinidade. É uma condição de saúde sexual, com causas legítimas e tratamento eficaz.

Conclusão: você pode retomar o controle da sua vida sexual

A ejaculação precoce é mais comum do que se imagina — e mais tratável do que muitos homens acreditam. Falar sobre o assunto com um profissional de saúde é o primeiro passo para recuperar a confiança, o prazer e a qualidade nos relacionamentos.

Com acompanhamento, paciência e, quando necessário, tratamento médico e psicológico, é possível conquistar mais controle e bem-estar. O mais importante é não se calar diante de algo que tem solução. Cuidar da saúde sexual também é cuidar de si.


Fonte: Manual MSD

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