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Febre alta em crianças: quando ir ao hospital?


Febre alta em crianças

A febre alta em crianças é uma das principais causas de preocupação entre pais e cuidadores. Embora na maioria dos casos a febre seja apenas um sintoma de uma infecção viral leve e passageira, existem situações em que ela pode indicar algo mais sério — exigindo avaliação médica imediata.

Neste artigo, vamos explicar o que é febre, quais são os valores considerados preocupantes, quais sinais de alerta exigem que a criança seja levada ao hospital e como cuidar da febre em casa com segurança.

O que é febre e por que ela acontece?

A febre é uma resposta natural do corpo a infecções. Ela acontece quando o organismo eleva a temperatura corporal para combater vírus, bactérias ou outros agentes nocivos. Em crianças, a febre é um sintoma muito comum e faz parte do desenvolvimento do sistema imunológico.

O que é considerado febre?

  • Temperatura entre 37,8°C e 38°C: febrícula;

  • Temperatura entre 38°C e 39°C: febre moderada;

  • Temperatura acima de 39°C: febre alta.

A medição pode ser feita com termômetros digitais, preferencialmente na axila. A temperatura retal tende a ser um pouco mais alta, e a medição na testa ou ouvido pode ser menos precisa em bebês e crianças pequenas.

Febre alta em crianças: quando se preocupar?

Nem toda febre alta é motivo de pânico. No entanto, existem sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar atendimento médico o quanto antes.

Quando levar a criança ao hospital:

  • Febre acima de 39°C que não cede com antitérmicos;

  • Febre que persiste por mais de 48 a 72 horas, mesmo com medicação;

  • Bebês com menos de 3 meses com qualquer febre (≥38°C);

  • Febre acompanhada de letargia, prostração ou dificuldade para acordar;

  • Choro inconsolável ou irritabilidade intensa;

  • Rigidez no pescoço ou convulsões febris;

  • Dificuldade para respirar, gemência ou chiado;

  • Erupções cutâneas (manchas vermelhas ou roxas na pele);

  • Vômitos persistentes ou sinais de desidratação (boca seca, pouca urina, olhos fundos).

Em qualquer desses casos, é recomendado que a criança seja levada ao pronto atendimento pediátrico para avaliação.

Febre em bebês: cuidados redobrados

Bebês com menos de 3 meses merecem atenção especial. A presença de febre nessa faixa etária é sempre considerada urgência médica, pois pode indicar infecções mais graves, como infecção urinária, meningite ou sepse.

O que fazer:

  • Não administre medicamentos sem orientação médica;

  • Leve o bebê imediatamente ao hospital para avaliação;

  • Anote a temperatura e observe outros sintomas associados, como gemência, recusa alimentar ou sonolência.

Quais são as causas mais comuns de febre em crianças?

A maioria dos episódios de febre alta em crianças está relacionada a infecções virais, como gripes, resfriados, viroses intestinais e infecções de garganta.

Outras causas comuns incluem:

  • Infecções bacterianas (amigdalite, otite, pneumonia, infecção urinária);

  • Pós-vacinação (reação esperada nas primeiras 48h);

  • Golpes de calor ou desidratação em ambientes muito quentes.

Na dúvida, o pediatra é o profissional mais indicado para investigar a causa e orientar sobre a necessidade de exames ou medicamentos.

Como cuidar da febre em casa com segurança?

Quando a febre não está acompanhada de sinais de alerta, é possível tratar a criança em casa com alguns cuidados simples.

O que fazer:

  • Oferecer antitérmicos, como paracetamol ou ibuprofeno, na dose e intervalo recomendados pelo pediatra;

  • Oferecer líquidos com frequência (água, sucos naturais, leite);

  • Manter a criança confortável, com roupas leves e ambiente arejado;

  • Oferecer alimentação leve e não forçar a comer caso esteja sem apetite;

  • Banho morno (não gelado!) pode ajudar a baixar a temperatura.

Evite métodos caseiros agressivos, como panos frios ou álcool na pele, que podem causar desconforto ou intoxicação.

Convulsão febril: o que é e como agir?

A convulsão febril é um episódio de perda de consciência e movimentos involuntários, geralmente associado a febre alta rápida. É mais comum em crianças entre 6 meses e 5 anos de idade e, apesar de assustadora, raramente causa danos permanentes.

O que fazer em caso de convulsão:

  • Deite a criança de lado, em local seguro, e mantenha a calma;

  • Não coloque nada na boca da criança;

  • Não tente conter os movimentos;

  • Cronometre o tempo da convulsão — se durar mais de 5 minutos, chame o SAMU (192);

  • Após o episódio, leve a criança ao hospital para avaliação.

Mesmo que a convulsão passe sozinha, é importante investigar a causa da febre.

Como prevenir febres e infecções em crianças?

Embora a febre seja uma resposta natural do corpo, algumas medidas ajudam a reduzir o risco de infecções:

  • Manter o calendário vacinal em dia;

  • Estimular bons hábitos de higiene (lavar as mãos, não compartilhar objetos);

  • Evitar exposição prolongada a aglomerações ou locais fechados durante surtos;

  • Oferecer alimentação equilibrada e estimular o consumo de água;

  • Garantir um ambiente limpo e ventilado.

Além disso, é importante ensinar os pequenos a reconhecer sinais de que não estão se sentindo bem, o que ajuda na detecção precoce de doenças.

Quando não se deve medicar a febre?

É comum que os pais fiquem apreensivos com a temperatura elevada e queiram medicar imediatamente. No entanto, nem toda febre exige uso de antitérmico, especialmente quando:

  • A temperatura está abaixo de 38°C;

  • A criança está ativa, se alimentando bem e brincando normalmente.

Nesse caso, observar a evolução dos sintomas pode ser mais adequado. A febre por si só não é uma doença, mas sim um sinal do corpo.

Conclusão

A febre alta em crianças pode causar muita preocupação, mas, na maioria das vezes, está associada a infecções comuns e autolimitadas. Saber quando ir ao hospital e reconhecer os sinais de alerta é essencial para garantir um atendimento oportuno e evitar complicações.

Com informação, apoio médico e os cuidados certos, é possível enfrentar a febre com mais tranquilidade e segurança.

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