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Fibromialgia: o que é, quais os sintomas e como tratar



A fibromialgia é uma condição clínica complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais comum entre as mulheres. Caracteriza-se principalmente por dor crônica generalizada, fadiga e distúrbios do sono.


Embora não seja uma doença fatal, seus sintomas impactam profundamente a qualidade de vida de quem convive com ela.


Neste artigo, vamos explorar o que é a fibromialgia, quais são seus sintomas, possíveis causas e, principalmente, as formas eficazes de tratamento e manejo da doença no dia a dia.


O que é fibromialgia?


A fibromialgia é um distúrbio crônico de dor e sensibilidade muscular difusa, muitas vezes acompanhado de fadiga intensa, dificuldade para dormir e alterações cognitivas. É uma condição não inflamatória, ou seja, não envolve danos aos músculos, articulações ou sistema nervoso, mas sim uma alteração na forma como o cérebro interpreta os sinais de dor.


Apesar do desconforto gerado, a fibromialgia não causa deformidades, não é degenerativa, não afeta órgãos internos e não é fatal. Contudo, seus efeitos físicos e emocionais exigem atenção e cuidado contínuos.


Quais são os principais sintomas da fibromialgia?


Os sintomas da fibromialgia variam de pessoa para pessoa, mas os mais frequentes são:


  • Dor generalizada: sensação de dor em todo o corpo, especialmente nos músculos e articulações.

  • Pontos sensíveis: áreas do corpo mais dolorosas ao toque.

  • Fadiga intensa: mesmo após uma noite de sono.

  • Distúrbios do sono: dificuldade para dormir ou sono não reparador.

  • “Névoa mental” (fibro fog): lapsos de memória, dificuldade de concentração.

  • Ansiedade e depressão

  • Rigidez muscular, especialmente pela manhã

  • Sensibilidade ao frio, umidade ou ruídos intensos


Esses sintomas podem ser contínuos ou aparecer em crises periódicas, desencadeadas por fatores como estresse, sono inadequado, excesso de esforço físico ou mudanças climáticas.


O que causa a fibromialgia?


A causa exata da fibromialgia ainda é desconhecida. No entanto, acredita-se que pessoas com a condição têm uma maior sensibilidade aos estímulos dolorosos, devido a alterações na forma como o cérebro e a medula espinhal processam esses sinais.


Alguns fatores de risco associados incluem:


  • Histórico familiar de fibromialgia;

  • Eventos traumáticos físicos ou emocionais;

  • Infecções virais ou bacterianas;

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;

  • Estresse crônico.


Embora a dor seja muscular, a fibromialgia não é uma doença muscular nem neurológica no sentido tradicional.


Como é feito o diagnóstico da fibromialgia?


O diagnóstico da fibromialgia é clínico, baseado nos sintomas relatados pelo paciente e na exclusão de outras doenças que possam causar sintomas semelhantes, como artrite reumatoide, lúpus ou hipotireoidismo.


O médico pode avaliar:


  • Histórico detalhado dos sintomas;

  • Presença de dor generalizada por mais de 3 meses;

  • Presença de fadiga, distúrbios do sono e problemas cognitivos;

  • Sensibilidade em pontos específicos do corpo.


Exames laboratoriais ou de imagem não identificam a fibromialgia, mas podem ser solicitados para descartar outras causas.


Como tratar a fibromialgia?


Embora a fibromialgia não tenha cura, há diversas estratégias para controlar seus sintomas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento é multidisciplinar e individualizado. Entre as abordagens mais eficazes estão:


Mudanças no estilo de vida


  • Reduzir o estresse emocional;

  • Evitar excesso de atividades que provoquem dor;

  • Criar uma rotina de sono adequada;

  • Evitar cafeína à noite;

  • Manter uma temperatura agradável e confortável.


Práticas físicas e corporais


  • Alongamentos suaves diários;

  • Exercícios aeróbicos de baixo impacto, como caminhada e natação;

  • Massagens terapêuticas;

  • Aplicação de calor nas áreas doloridas.


Terapias complementares


  • Fisioterapia com foco em ganho de flexibilidade e força;

  • Terapia cognitivo-comportamental para manejo da dor e sintomas emocionais;

  • Acupuntura e meditação guiada, com bons resultados em alguns pacientes.


Medicamentos


  • Analgésicos simples, como paracetamol ou ibuprofeno;

  • Antidepressivos, que ajudam no sono e na modulação da dor;

  • Anticonvulsivantes, como a pregabalina, para reduzir a sensibilidade nervosa.


O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, fisioterapeuta e educador físico) é fundamental para o sucesso do tratamento.


Condições associadas à fibromialgia


Pacientes com fibromialgia também podem apresentar:


  • Síndrome do intestino irritável;

  • Enxaqueca e dores de cabeça tensionais;

  • Disfunções da articulação temporomandibular;

  • Síndrome da fadiga crônica.


Essas condições devem ser avaliadas e tratadas em conjunto para garantir melhores resultados.


Conclusão

A fibromialgia é uma condição desafiadora, mas que pode ser gerenciada com um plano de cuidados bem estruturado. O mais importante é reconhecer os sinais, buscar apoio profissional e adotar uma rotina de autocuidado contínua.

Com diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e mudanças no estilo de vida, é possível recuperar bem-estar, funcionalidade e qualidade de vida.


Fonte: Manual MSD

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