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Herpes labial: o que enfraquece sua imunidade?

Herpes labial

O herpes labial é uma condição infecciosa muito comum, caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolhas dolorosas ao redor dos lábios. Causado principalmente pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), esse vírus permanece no organismo para sempre após a primeira infecção, alojando-se nos gânglios nervosos. Ele pode ficar "adormecido" por semanas, meses ou anos, mas algumas condições podem reativá-lo.


Neste artigo, você vai entender o que é o herpes labial, como ele se manifesta, quais fatores estão relacionados à sua reativação e de que forma o fortalecimento da imunidade pode ajudar a evitar essas crises recorrentes.


Sintomas e fases do herpes labial


Geralmente, o herpes labial se apresenta em fases:

  1. Pré-sintomas: formigamento, ardência e sensação de queimação ao redor dos lábios.

  2. Aparecimento de bolhas: pequenas vesículas cheias de líquido transparente surgem em grupo.

  3. Ruptura das bolhas: elas se rompem e formam feridas doloridas.

  4. Cura e cicatrização: as feridas secam e desaparecem sem deixar marcas permanentes.

O quadro dura de 7 a 14 dias e pode ser mais leve ou mais intenso, dependendo da imunidade da pessoa.

Transmissão e contágio

O HSV-1 é altamente contagioso e se transmite por contato direto com as lesões ativas ou com secreções contaminadas (saliva, beijo, copos, talheres, toalhas). O vírus também pode ser transmitido mesmo na ausência de lesões visíveis, através de "desprendimento assintomático".

Evitar o contato direto durante as crises e manter boa higiene são as principais formas de prevenção da transmissão.

O papel da imunidade nas crises de herpes labial

Após a infecção primária, o HSV-1 permanece "adormecido" em estruturas do sistema nervoso. O sistema imunológico mantém esse vírus sob controle na maior parte do tempo. No entanto, quando a imunidade está baixa, ele pode se reativar e causar as temidas lesões labiais.

Fatores que enfraquecem a imunidade e favorecem o herpes labial

Diversos estímulos e condições podem comprometer temporariamente a imunidade e servir como gatilho para o herpes. Veja os principais:

1. Estresse emocional

O estresse é um dos gatilhos mais frequentes. Ele eleva os níveis de cortisol, que é um hormônio imunossupressor. Situações como provas, problemas familiares, pressão no trabalho ou ansiedade podem desencadear as lesões.

2. Privacão de sono

Dormir mal ou por poucas horas compromete a regulação do sistema imune, dificultando a resposta às infecções latentes.

3. Exposição solar intensa

A radiação UV afeta diretamente a pele e diminui a proteção local. A exposição prolongada ao sol sem proteção labial é um gatilho conhecido para crises.

4. Resfriados, gripes ou outras infecções

Infecções virais são fatores comuns de reativação, pois sobrecarregam temporariamente o sistema imune.

5. Menstruação e variações hormonais

Mudanças hormonais ao longo do ciclo menstrual também podem facilitar as crises em mulheres.

6. Uso de corticoides ou imunossupressores

Medicamentos que diminuem a imunidade aumentam o risco de reativação viral.

Como fortalecer a imunidade para prevenir as crises

Manter o sistema imunológico forte é a melhor maneira de evitar crises recorrentes de herpes labial. Veja como:

  • Tenha um sono de qualidade: durma entre 7 a 9 horas por noite.

  • Alimente-se de forma equilibrada: frutas, verduras, legumes, castanhas e alimentos ricos em vitaminas A, C, E e zinco.

  • Reduza o estresse: práticas como meditação, ioga ou terapia ajudam a controlar emoções.

  • Hidrate-se bem: beba pelo menos 2 litros de água por dia.

  • Evite tabagismo e álcool em excesso: ambos comprometem o sistema imune.

  • Use protetor labial com filtro solar: especialmente em dias ensolarados.

Em alguns casos, suplementos como lisina ou vitamina C podem ser recomendados, sempre com orientação profissional.

Tratamento do herpes labial

O tratamento visa acelerar a cicatrização e reduzir o incômodo. As opções incluem:

  • Antivirais tópicos: pomadas com aciclovir ou penciclovir.

  • Antivirais orais: valaciclovir ou fanciclovir, indicados em casos mais frequentes ou graves.

  • Compressas frias: aliviam dor e inchaço.

  • Pomadas cicatrizantes: ajudam na recuperação da pele.


Começar o tratamento nas primeiras 24-48 horas é fundamental para reduzir a duração da crise.

Quando procurar um médico

Embora o herpes labial geralmente seja leve, há situações em que é importante procurar atendimento:

  • Lesões que duram mais de 14 dias

  • Sinais de infecção bacteriana secundária (pus, inchaço intenso, febre)

  • Crises muito frequentes (mais de 6 por ano)

  • Pessoas com imunidade comprometida (HIV, câncer, transplante)

O especialista mais indicado é o dermatologista, mas clínicos gerais também podem orientar.


Convivendo com o herpes labial

Embora não exista cura definitiva, é possível controlar as crises com hábitos saudáveis e tratamento adequado. Conhecer seus gatilhos individuais é essencial para prevenir recorrências. Com informação e cuidado, o herpes labial pode deixar de ser um incômodo constante e passar a ser apenas um episódio isolado.

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