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Micoses superficiais - dermatofitoses e candidoses



1- O que são micoses superficiais (MS)?


RESPOSTA: São dermatoses causadas por fungos e, como o próprio nome indica, atingem fundamentalmente a epiderme (pouco e raramente podem invadir a derme).



2- Como é feita a classificação das MS?

RESPOSTA: Ceratofitoses, dermatofitoses e candidoses.



3- Nosso estudo sobre as cerafitoses contempla quais entidades nosológicas?


RESPOSTA: Tinha nigra, piedra negra, piedra branca, pitiríase versicolor e dermatofitose.



4- Sobre a tinha nigra, também chamada de ceratofitose negra, descreva seu agente etiológico e manifestações clínicas que ela apresenta.


RESPOSTA: É causada pelos fungos Phaeoannellomyces werneckii ou Exohiala werneckii e, menos frequentemente, Stenella araquata. Acomete mais as crianças do sexo feminino, apresenta-se com manchas pretas pequenas, única ou várias, principalmente em região palmar e mais raramente plantar e bordas dos dedos. Sendo mais comum em climas tropical e subtropical.






5- A respeito da piedra negra, faça um resumo clínico e etiológico dessa micose.


RESPOSTA: É uma micose, causada pela Piedraia hortai, que afeta principalmente os pelos (mais frequente em cabelos), sendo praticamente assintomática. O paciente apresenta queixa estética apenas. Manifestação clínica: caracteriza-se pela presença de nódulos escuros, de cor negra, bem aderentes. A enfermidade predomina em jovens do sexo masculino que habitam zonas tropicais (sobretudo na Amazônia).






6- Como é realizado o tratamento da piedra negra?


RESPOSTA: Antifúngicos tópicos (xampus), a base de cetoconazol 2% ou sulfeto de selênio 2% ou piritionato de zinco 2%. Podendo também optar por tricotomia (cortar os cabelos).



7- A respeito da piedra branca, faça um resumo clínico e etiológico dessa micose.


RESPOSTA: É uma infecção micótica dos pelos pubianos, genitais e axilares, e, eventualmente, barba, bigode e couro cabeludo. Apresenta-se com concreções de coloração branca a castanho-clara aderidas aos pelos. Causada pelo Trichosporon beigelii ou Trichosporon cutaneun. Predomina no Brasil [ Amazônia. Seu tratamento deve ser o corte dos cabelos ou pelos e antifúngicos tópicos.






8) A pitiríase versicolor (PV) é uma das MS mais prevalentes da clínica médica. Descreva sua clínica e epidemiologia.


RESPOSTA: Infecção fúngica, crônica e assintomática, da camada córnea. Portanto, é uma ceratofitose. Mais comum em climas quentes e úmidos, possui caráter universal, acometendo ambos os sexos, predomina em adolescentes e adultos jovens. Predisposição individual (fator P). É uma levedura lipofílica.








09) Cite os sinais semiológicos e os epônimos que usamos para identificar as PV’s.


RESPOSTA: Sinal do estiramento ou de Zireli, sinal da unha ou de Besnier.



10) Para o diagnóstico laboratorial da PV, quais são as opções que temos?


RESPOSTA: Exame micológico direto (EMD) obtido através de uma fita gomada (método de Porto, 1953) e/ou a lâmpada de Wood, que nos apresenta a PV com uma coloração róseo-dourada.






11) Cite 3 diagnósticos diferenciais da PV.


RESPOSTA: Hipocromia residual, pitiríase alba ou eczemátide hipocromiante e vitiligo








12) Como sabemos, a palavra versicolor quer dizer de cores variadas. No caso da PV essas colorações variam do castanho escuro ao branco nacarado. Dê-nos as explicações das alterações das cores das lesões da PV.


RESPOSTA: Lesões hipopigmentadas: inibição da reação DOPA-tirosinase por frações lipídicas produzidas pela M. furfur em meio gorduroso, diminuição do tamanho dos melanossomos. Lesões hiperpigmentadas: diminuição de “turn-over” das células da camada córnea (de 8 a 15 dias),aumento do tamanho dos melanossomos e mudanças na sua distribuição na epiderme.






13) No EMD da PV, o que vamos observar na microscopia óptica?


RESPOSTA: Exame direto (KOH ou corado), células leveduriformes agrupadas em “cacho de uva” e fragmentos de pseudo-hifas curtas e grossas.






14) Na cultura da PV, o que vamos encontrar?


RESPOSTA: Em cultura a 37° C encontraremos fungo lipofílico ® meio gorduroso (óleo de oliva, bile de boi), leveduriforme bege.






15) Cite algumas opções de tratamentos tópicos para PV.


RESPOSTAS: Cremes: isoconazol a 1%, tioconazol a 1%, oxiconazol a 1%, cetoconazol a 2%, bifonazol ou butenafina a 1% ou amorolfina a 0,25%. Xampu de cetoconazol a 2%, hipossulfito de sódio a 40% (minha opção), sulfeto de selênio a 2%.



16) Cite algumas opções terapêuticas sistêmicas para PV.


RESPOSTA: Atenção: a terbinafina não apresenta ação terapêutica. Cetoconazol 200 mg/dia por 10 dias (minha opção); itraconazol 200 mg/dia por 5 dias; fluconazol 150 mg/sem por 4 semanas ou 300 mg/dose única (minha outra opção).



17) Como é realizado o tratamento profilático tópico para PV recidivante?


RESPOSTA: Orientação; sabonetes queratolíticos; xampus queratolíticos e/ou antifúngicos e antifúngicos tópicos.



18) Como é realizado o tratamento profilático sistêmico para PV recidivante?


RESPOSTA: Cetoconazol 400 mg/mês/vários meses ou cetoconazol 200 mg/3 dias consecutivos/mês/vários meses ou, ainda, itraconazol 400 mg/mês/dose única (6 meses).



19) Faça um arrazoado a respeito da foliculite pitirospórica.


RESPOSTA: Manifestações clínicas: pápulas e pústulas foliculares localizadas em pescoço, tronco e MMII, dilatação do infundíbulo do folículo piloso onde se encontram os esporos da levedura. Diagnóstico: suspeita clínica + EMD e/ou cultura. Espécime clínico: raspado ou secreção folicular. Tratamento: o mesmo da pitiríase versicolor, porém muito mais demorado.






20) Sobre a Foliculite pitirospórica, qual sua etiologia e epidemiologia?


RESPOSTA: Causada pelas Malassezia, universal, climas quentes e úmidos, mais frequente em mulheres entre 25 e 35 anos, apresenta-se com prurido moderado a intenso, caráter crônico.




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