top of page

Prevenção ao HIV




1 - Comente a respeito dos aspectos epidemiológicos do HIV, incluindo a diferença entre gêneros e a principal faixa etária que está sendo afetada no Brasil.


O Brasil apresenta características epidemiológicos próprias relacionadas ao HIV, com a maior prevalência entre pessoas do sexo masculino (prevalência de 2 a 3 homens para cada mulher). Já em relação à idade, no Brasil observa-se o aumento do número de novos casos (incidência) entre pessoas de 15 e 30 anos de idade.



2 - Comente a respeito das metas da OMS e do CFM para melhorar a prevenção ao HIV.


A OMS preconiza a meta “90 90 90” que consiste em que 90% da população seja diagnosticada para o HIV, das pessoas diagnosticadas 90% deve estar em tratamento e 90% das pessoas em tratamento devem ter a supressão viral. Desde 2016, o CFM recomenda que todo paciente faça teste para HIV, sífilis e hepatites virais em casos de situação de risco ou vulnerabilidade.

3 - Cite as populações específicas de risco para o HIV.


No Brasil, a prevalência da infecção é de 0,4% e concentra-se principalmente nas seguintes populações específicas:

4 - Explique a partir de quanto tempo após o início do tratamento o paciente para de transmitir o vírus e qual a relevância disso?


Após iniciar o tratamento, o paciente deverá apresentar carga viral indetectável entre um e seis meses. Se, após mais de seis meses de tratamento o paciente não apresentar carga viral detectável, isso significa que não há nenhum risco efetivo de transmitir o HIV ao parceiro sexual.

Conclusão: pacientes que tratam HIV apresentam não só o benefício da terapia em si (redução de comorbidades) como contribuem para o benefício coletivo ao reduzir a transmissão da infecção.

5 - O HIV pode ser considerado um fator de risco para quais doenças?

O paciente HIV é por si só um paciente inflamado cronicamente, o que predispõe as seguintes comorbidades:

Conclusão: O tratamento do HIV consiste em fator de proteção para as doenças citadas.

6 - Defina PEP e cite em que situações deve ser feito essa profilaxia.


Conceito: a profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções.

Candidatos ao PEP:

7 - Cite os 4 passos para avaliação da necessidade de realizar a PEP?


à Avaliar se o material biológico tem risco de transmissão de HIV;

à Avaliar o tipo de exposição (percutânea, mucosa ou pele não integra);

à Avaliar se a exposição foi em menos de 72 horas;

à Avaliar se a pessoa exposta é HIV negativo.

8 - Cite quais “materiais biológicos” apresentam risco de transmissão do HIV e quais não apresentam risco.



9 - Em relação à exposição, cite em quais condições há risco de transmissão do HIV e em quais não há risco.

10 - Em até quanto tempo deve-se iniciar a PEP e o que deve ser feito caso não a tenha iniciado nesse tempo?


A profilaxia deve ser feita em até 72 horas. Após esse período, caso não tenha sido feito a PEP, deve-se proceder com as seguintes condutas:

OBS.: O paciente que teve exposição de risco não candidato ao PEP deve retornar após 30 dias para verificar a positividade para HIV, devido à janela imunológica.

OBS.2: Quanto mais precoce o início da PEP maior a efetividade da mesma.

OBS.3: Caso o paciente seja HIV+, não se deve iniciar a PEP, pois ele já apresenta a doença.

OBS.4: Caso o paciente fonte seja HIV-, não realizar o PEP. Porém, se nos últimos 30 dias não for possível confirmar as atividades do mesmo (pode estar em janela imunológica), deve-se iniciar a profilaxia.

11 - Como é feito o diagnóstico para o início da PEP?


O diagnóstico é feito através de testes rápidos, sendo que há a necessidade de dois resultados positivos para confirmação do mesmo. Caso um teste seja negativo, se descarta a profilaxia; e caso seja positivo, deve-se refazer o teste rápido em laboratório ou marca diferente.


Os testes rápidos jamais podem ser discordantes. Persistindo a discordância dos resultados uma nova amostra deverá ser coletada por punção venosa e encaminhada para ser testada em laboratório.



12 - Como é feito a profilaxia medicamentosa e durante quanto tempo deve ser feita?


A profilaxia é feita da mesma maneira que a terapia para soropositivos, ou seja, com os medicamentos tenofovir (TDF), lamivudina (3TC) e dolutegravir (DTG). A profilaxia deve ser feita diariamente durante 28 dias.

13 - Comente a respeito das contraindicações dos medicamentos previamente citados e quais esquemas alternativos.


OBS.: É importante saber as contraindicações e os esquemas alternativos, pois após iniciado a profilaxia, não se deve alterar os medicamentos usados.



14 - Como deve ser o esquema alternativo para gestantes e quais devem ser as orientações em relação à amamentação para pacientes em profilaxia.


Medicações alternativas:

  • Impossibilidade de TDF: AZT;

  • Impossibilidade de RAL: ATV/r;

  • Impossibilidade de RAL e ATV/r: DRV/r.

OBS.: em relação à amamentação, deve haver a interrupção da mesma pelo risco de transmissão do HIV para o lactente

15 - Explique como deve ser feito o acompanhamento laboratorial para pacientes em PEP.


No primeiro atendimento deve-se avaliar a função renal e hepática, a glicemia, o hemograma e a amilase do paciente, além de se fazer o teste de HIV. Na segunda semana após o início da PEP, repete os exames de sangue, com exceção do HIV, que deverá ser repetido na quarta e na décima segunda semana após o início da PEP.



16 - Qual a indicação e como é feito o tratamento das ISTs em um paciente que está realizando a PEP?


O tratamento preemptivo deve ser feito em caso de violência sexual, com os seguintes medicamentos:



17 - Como é feito o acompanhamento de vítimas de violência sexual.

18 - Defina PrEP e cite suas indicações.

Conceito: profilaxia pré-exposicão ao HIV (PrEP, do inglês pre-exposure prophylaxis) consiste no uso de antirretrovirais (TARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Suas indicações são:




19 - Quais são os exames de triagem realizados para avaliação do PrEP?


Deve-se realizar testes para HIV, sífilis, hepatite B e C e outras ISTs. É importante também avaliar a função renal devido a toxicidade dos medicamentos para o órgão.


20 - Como é o esquema antirretroviral para a PrEP e quais orientações devem ser feitas para as relações sexuais?

  • TENOFOVIR (TDF) + ENTRICITABINA (FTC) 300/200MG: 01 comprimido, por dia, via oral, em uso continuo.

O paciente poderá ter relações sexuais desprotegidas a partir do sétimo dia de uso contínuo da medicação (para as exposições por relação anal) e de aproximadamente 20 dias de uso para as exposições vaginais.

OBS.: Deve haver o uso do preservativo de barreira e/ou outros métodos de prevenção durante esse período

21 - Como deve ser o acompanhamento clínico e laboratorial para a PrEP segundo o PCDT 2018 do ministério da saúde.


A primeira consulta de acompanhamento deve ser em um prazo de 30 dias, para avaliar a recarga de medicamentos (TDF / FTC) durante os próximos 90 dias.

Após a primeira consulta deve haver um acompanhamento trimestral em que se avalia sinais e sintomas de infecção aguda, o peso do paciente, eventos adversos, adesão ao tratamento, exposição ao risco e vontade de continuar com a profilaxia.

A avaliação laboratorial deve se basear nos seguintes exames:



22 - Cite os principais efeitos adversos das medicações usadas na PrEP.


Uma grande quantidade de pacientes apresenta pelo menos um efeito adverso relacionado os medicamentos utilizados. Em geral, são sintomas leves e que tendem a cessar após 30 dias, como náusea, flatulência, diarreia, dor abdominal e vômito.

23 - Quais devem ser as orientações em relação ao uso de medicamentos em caso de gravidez e amamentação por parte do paciente?

Mulheres que realizam a PrEP não apresentam risco aumentado em caso de gravidez ou amamentação, portanto, não há contraindicações para se interromper a terapia antirretroviral.


8 visualizações0 comentário
Banner-Sidebar-Residencia-402x1024.jpg
Banner-Sidebar-Revalida-402x1024.jpg
Banner-Sidebar-Atualizacao-402x1024.jpg
MedFlix Zaza.png
bottom of page