Proteína demais faz mal? Saiba quanto consumir para manter a saúde
- medicinaatualrevis
- 22 de abr.
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A proteína é um dos macronutrientes essenciais para o funcionamento adequado do corpo humano. Ela participa da formação de músculos, ossos, hormônios, enzimas e anticorpos, sendo indispensável para a manutenção da saúde em todas as fases da vida.
Com a popularização de dietas hiperproteicas e suplementos proteicos, cresceu o debate: afinal, proteína demais faz mal? Existe um limite seguro de consumo? Este artigo esclarece quanto de proteína é recomendado, os riscos do excesso e como equilibrar sua ingestão com saúde.
O que é a proteína e qual sua função no organismo?
As proteínas são formadas por aminoácidos, que funcionam como blocos de construção para os tecidos corporais. Elas estão presentes em todas as células e desempenham diversas funções:
Crescimento e manutenção muscular;
Produção de enzimas e hormônios;
Defesa imunológica (anticorpos);
Transporte de nutrientes no sangue;
Estrutura da pele, cabelo e unhas.
As fontes de proteínas podem ser animais (carnes, ovos, leite e derivados) ou vegetais (leguminosas, oleaginosas, grãos e cereais integrais).
Quanto de proteína é recomendado por dia?
A necessidade proteica varia conforme idade, sexo, peso, nível de atividade física e condições de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão de 0,8 g de proteína por quilo de peso corporal por dia para adultos saudáveis.
Exemplo:
Uma pessoa de 70 kg precisa de cerca de 56 g de proteína por dia.
Porém, para atletas, idosos, gestantes ou pessoas em recuperação de doenças, a necessidade pode aumentar para 1,2 a 2,0 g/kg/dia.
Excesso de proteína faz mal?
Embora o organismo tenha capacidade de metabolizar quantidades elevadas de proteína, o excesso crônico pode causar prejuízos à saúde, especialmente quando não há acompanhamento profissional.
Entre os possíveis riscos estão:
1. Sobrecarga renal
Em pessoas com doença renal preexistente, o excesso de proteínas pode piorar a função dos rins. Embora não haja evidências de que a proteína cause doença renal em pessoas saudáveis, o acompanhamento é essencial.
2. Desidratação
O metabolismo de proteínas aumenta a excreção de ureia e exige maior consumo de água. Uma dieta hiperproteica sem hidratação adequada pode levar à desidratação.
3. Aumento do risco cardiovascular
Dietas ricas em carnes vermelhas e processadas estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o excesso de gorduras saturadas pode elevar os níveis de colesterol.
4. Alteração do equilíbrio nutricional
Consumir proteína em excesso pode reduzir a ingestão de outros nutrientes importantes, como fibras, vitaminas e antioxidantes, comprometendo a saúde intestinal e imunológica.
Benefícios do consumo adequado de proteínas
Por outro lado, o consumo adequado e equilibrado de proteínas traz inúmeros benefícios:
Preservação da massa magra, especialmente em idosos;
Recuperação muscular após o exercício físico;
Saciedade prolongada, auxiliando no controle de peso;
Estabilização da glicemia em dietas balanceadas;
Fortalecimento imunológico.
A qualidade da proteína também é importante: as fontes animais são completas (contêm todos os aminoácidos essenciais), enquanto as vegetais podem ser combinadas para atingir a mesma qualidade.
Suplementos proteicos: quando são indicados?
Suplementos de proteína, como o whey protein, podem ser úteis para pessoas com maior demanda proteica ou dificuldade de atingir as necessidades com a dieta. São indicados para:
Atletas e praticantes de musculação;
Idosos com perda muscular;
Pessoas em recuperação de doenças ou cirurgias;
Vegetarianos/veganos com baixa ingestão proteica.
Contudo, devem ser usados com orientação de nutricionista ou médico, respeitando as doses adequadas e os objetivos individuais.
Como montar uma dieta proteica equilibrada?
Para garantir um consumo ideal de proteína:
Inclua fontes variadas (animais e vegetais) em todas as refeições;
Priorize carnes magras, peixes, ovos, leite, feijão, lentilha, tofu e grãos;
Mantenha o equilíbrio entre carboidratos, lipídeos e fibras;
Evite exageros e dietas restritivas sem acompanhamento;
Aumente a hidratação, especialmente se estiver com alta ingestão de proteína.
Mas lembre-se que o ideal é se consultar com um nutricionista!
Conclusão
A proteína é vital para o organismo, mas como qualquer nutriente, precisa ser consumida na medida certa. O excesso proteico, especialmente sem orientação, pode trazer riscos à saúde renal, cardiovascular e nutricional.
Adotar uma dieta balanceada, com fontes variadas de proteínas e adequadas às necessidades individuais, é a melhor forma de garantir benefícios duradouros. Antes de aderir a modismos alimentares, consulte um profissional de saúde para montar um plano seguro e eficaz.
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