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Sarcoidose: o que é, sintomas e como é feito o tratamento




Você já ouviu falar em sarcoidose? Embora pouco conhecida, essa doença pode afetar várias partes do corpo e trazer sintomas que confundem até mesmo os médicos. Em geral, ela atinge adultos jovens e se manifesta de forma silenciosa — mas em alguns casos, pode causar sintomas importantes, como falta de ar, tosse persistente, nódulos na pele e dor nas articulações.


Neste artigo, você vai entender o que é sarcoidose, como ela afeta o corpo, quais são os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos disponíveis. Tudo isso em uma linguagem clara, acessível e pensada para quem está buscando informações confiáveis no início da jornada de conhecimento sobre o tema.

O que é sarcoidose?

A sarcoidose é uma doença inflamatória de causa desconhecida que leva à formação de granulomas — pequenos aglomerados de células do sistema imunológico — em diferentes partes do corpo. Esses granulomas não são cancerígenos, mas podem interferir no funcionamento normal dos órgãos onde se formam.

A sarcoidose pode afetar apenas um órgão ou vários ao mesmo tempo. Os locais mais atingidos são:

  • Pulmões.

  • Gânglios linfáticos (linfonodos).

  • Pele.

  • Olhos.

  • Coração (com menos frequência, mas com maior gravidade).

A doença é mais comum entre os 20 e 40 anos de idade e, em muitos casos, pode desaparecer sozinha. No entanto, quando os sintomas aparecem, é fundamental procurar um médico para avaliação e controle.

Quais são os sintomas da sarcoidose?

Os sintomas da sarcoidose variam muito de pessoa para pessoa. Em alguns casos, a pessoa não sente nada — e a doença é descoberta por acaso, durante um exame de imagem feito por outro motivo. Em outros, os sintomas são mais evidentes e podem afetar o dia a dia.

Sintomas gerais da sarcoidose:

  • Febre baixa.

  • Cansaço constante.

  • Perda de apetite.

  • Emagrecimento sem causa aparente.

  • Dor e inchaço nas articulações.

  • Inchaço dos linfonodos (pescoço, axilas ou virilhas).

Sintomas respiratórios (os mais comuns):

  • Tosse persistente, seca ou com catarro.

  • Falta de ar aos esforços.

  • Dor no peito.

  • Chiado no peito.

  • Em casos raros, escarro com sangue.


Sintomas na pele:

  • Nódulos vermelhos e dolorosos nas pernas, especialmente nas canelas (conhecidos como eritema nodoso).

  • Manchas elevadas ou placas avermelhadas no rosto, orelhas e lábios.

Sintomas oculares:

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes.

  • Dor nos olhos.

  • Visão embaçada.

  • Sensibilidade à luz.

  • Raramente, pode levar à perda de visão.

Sintomas cardíacos (mais raros, porém graves):

  • Palpitações (batimentos cardíacos irregulares).

  • Tontura.

  • Desmaios.

  • Falta de ar por insuficiência cardíaca.

O que causa a sarcoidose?

Até hoje, não se sabe exatamente o que causa a sarcoidose. Os especialistas acreditam que ela é resultado de uma resposta exagerada do sistema imunológico, que forma os granulomas como reação a algum fator ambiental, infeccioso ou genético.

Alguns estudos sugerem que fatores como vírus, bactérias, poeiras e exposições químicas podem estar relacionados ao surgimento da doença — especialmente em pessoas geneticamente predispostas.

O fato de ocorrer mais em certos grupos familiares e em algumas populações reforça a ideia de que a genética pode influenciar.

Como é feito o diagnóstico da sarcoidose?

O diagnóstico da sarcoidose nem sempre é fácil, porque os sintomas podem se parecer com os de outras doenças, como tuberculose, lúpus, linfoma e infecções respiratórias.

O médico pode suspeitar de sarcoidose em pessoas com linfonodos aumentados, tosse crônica, cansaço inexplicado ou alterações em exames de imagem do tórax.

Principais exames para diagnóstico:

  • Radiografia ou tomografia do tórax.

  • Teste de função pulmonar.

  • Exames de sangue e urina.

  • Biópsia do órgão afetado (geralmente do pulmão, pele ou linfonodo).

  • ECG e exames cardíacos, se houver suspeita de acometimento do coração.

  • Exame oftalmológico completo, mesmo sem sintomas oculares.

A biópsia é essencial para confirmar a presença de granulomas e excluir outras doenças semelhantes.

Existe cura para a sarcoidose?

Não existe uma cura definitiva, mas muitos casos de sarcoidose desaparecem sozinhos com o tempo, especialmente quando os sintomas são leves e o paciente está estável.

Quando necessário, o tratamento é feito para aliviar os sintomas e evitar danos permanentes aos órgãos. A escolha da terapia depende da gravidade e dos locais afetados.

Como é feito o tratamento da sarcoidose?

Nem todas as pessoas com sarcoidose precisam de tratamento. Quando a doença está ativa e causa sintomas, os médicos podem recomendar:

1. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)

  • Ibuprofeno, naproxeno ou aspirina.

  • Usados para controlar dor e febre leves.

2. Corticoides (como a prednisona)

  • São os mais usados em casos moderados a graves.

  • Ajudam a reduzir a inflamação e os sintomas respiratórios, oculares ou de pele.

3. Imunossupressores

  • Indicados quando os corticoides não funcionam ou causam efeitos colaterais importantes.

  • Exemplos: metotrexato, azatioprina, infliximabe.

4. Tratamentos específicos para complicações

  • Marca-passo, nos casos de arritmia grave.

  • Medicações para insuficiência cardíaca ou respiratória.

  • Fisioterapia pulmonar, se necessário.

O acompanhamento contínuo com especialistas (como pneumologistas, reumatologistas, cardiologistas e oftalmologistas) é fundamental.

Conclusão

A sarcoidose é uma doença rara e complexa, que pode se manifestar de forma discreta ou com sintomas intensos. Embora ainda não tenha causa definida, o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado ajudam a controlar a inflamação e prevenir complicações.

Se você tem tosse persistente, nódulos na pele, dor nas articulações ou linfonodos inchados, vale conversar com um médico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores as chances de um bom controle da doença.

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