Fitoterapia: quais plantas têm comprovação científica?
- medicinaatualrevis
- há 1 dia
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A fitoterapia é a prática que utiliza plantas medicinais no tratamento e prevenção de doenças. Presente em diversas culturas há milênios, essa abordagem ganhou espaço também na medicina moderna, especialmente após o avanço de estudos científicos que avaliaram a eficácia e segurança de várias espécies vegetais.
Mas, em meio a tantas opções, quais plantas realmente funcionam? Quais têm respaldo da ciência e são reconhecidas por órgãos de saúde? Neste artigo, você vai conhecer as principais plantas medicinais com eficácia comprovada e entender como utilizá-las com segurança.
O que é fitoterapia?
A fitoterapia é uma forma de tratamento que utiliza plantas ou extratos vegetais padronizados para fins terapêuticos. No Brasil, o uso da fitoterapia é regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que mantém uma lista de espécies com uso tradicional validado e permite sua prescrição dentro do SUS (Sistema Único de Saúde).
Diferente do uso caseiro de chás e infusões, a fitoterapia exige padronização de dosagem, controle de qualidade e conhecimento técnico.
Plantas medicinais com comprovação científica
Abaixo, listamos algumas das plantas mais estudadas e aprovadas por instituições como a OMS, Anvisa e universidades reconhecidas:
1. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)
Indicada para: gastrite, úlceras e dispepsias (má digestão).
Propriedades: ação anti-inflamatória e cicatrizante na mucosa gástrica.
Como usar: em forma de chá, cápsulas ou extrato fluido.
2. Ginkgo biloba (Ginkgo biloba)
Indicada para: melhorar a circulação, memória e concentração.
Propriedades: vasodilatadora, antioxidante e neuroprotetora.
Atenção: deve ser usada com cuidado por quem usa anticoagulantes.
3. Erva-cidreira (Melissa officinalis)
Indicada para: insônia leve, ansiedade e distúrbios digestivos.
Propriedades: calmante, antiespasmódica e carminativa.
Uso comum: chá ou cápsulas.
4. Camomila (Matricaria recutita)
Indicada para: ansiedade, cólicas e problemas digestivos.
Propriedades: anti-inflamatória, relaxante e levemente sedativa.
Forma de uso: chá ou extrato.
5. Babosa (Aloe vera)
Indicada para: queimaduras, irritações na pele e feridas.
Propriedades: cicatrizante, hidratante e anti-inflamatória.
Atenção: o uso oral requer cuidado e não é indicado sem orientação.
6. Guaco (Mikania glomerata)
Indicada para: tosse, bronquite e doenças respiratórias.
Propriedades: expectorante, broncodilatadora e anti-inflamatória.
Uso comum: xaropes e infusões.
Fitoterapia x automedicação
Mesmo sendo naturais, os fitoterápicos podem ter efeitos colaterais, interações medicamentosas e contraindicações. Por isso:
Sempre consulte um profissional habilitado (médico ou farmacêutico);
Evite usar várias plantas ao mesmo tempo;
Prefira produtos registrados pela Anvisa;
Siga as orientações de dosagem com rigor.
Fitoterapia não é sinônimo de tratamento caseiro. A segurança está na padronização, orientação profissional e uso correto.
Fitoterapia no SUS
O SUS oferece alguns medicamentos fitoterápicos como parte da política nacional de práticas integrativas e complementares. Municípios com estrutura adequada podem incluir:
Alcachofra (digestiva);
Aroeira (antisséptica);
Castanha-da-índia (varizes);
Hortelã (distúrbios digestivos);
Unha-de-gato (anti-inflamatória).
Isso reforça a importância da fitoterapia baseada em evidências, com controle de qualidade e respaldo técnico.
Quando evitar o uso de plantas medicinais
Evite o uso de plantas medicinais:
Durante a gravidez ou lactação, sem orientação médica;
Em crianças pequenas;
Se tiver doenças crônicas (como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas);
Quando já estiver usando medicamentos contínuos, devido a risco de interação.
Conclusão
A fitoterapia é uma ferramenta valiosa para complementar tratamentos convencionais e promover o bem-estar, desde que utilizada com responsabilidade e conhecimento. Diversas plantas medicinais têm comprovação científica e podem ser grandes aliadas na saúde, mas não substituem o acompanhamento médico.
Antes de iniciar qualquer tratamento com plantas, procure orientação profissional, evite automedicação e escolha produtos confiáveis. A natureza é rica em soluções — e a ciência ajuda a usá-las da melhor forma possível.
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