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Intestino preso: o que pode estar por trás

Intestino preso

Muitas pessoas acham que só estão com intestino preso se ficarem vários dias sem evacuar. Mas a constipação intestinal é mais complexa: ela também inclui fezes muito duras, esforço excessivo para evacuar, sensação de evacuação incompleta ou necessidade de usar laxantes com frequência.


Esse problema atinge milhões de brasileiros e pode afetar diretamente o bem-estar, o humor e até a saúde digestiva.


Causas comuns de intestino preso

O intestino preso pode ter origem em diversos fatores. Nem sempre é sinal de algo grave, mas entender o que está por trás do problema é fundamental para tratar de forma eficaz e prevenir complicações futuras.


1. Alimentação pobre em fibras

A principal causa de constipação é a dieta desequilibrada. Pouco consumo de frutas, verduras, legumes e grãos integrais reduz o volume e a umidade das fezes. Alimentos ultraprocessados, excesso de carne vermelha e falta de água pioram o quadro.


2. Falta de atividade física

O sedentarismo diminui os estímulos naturais para os movimentos intestinais. Exercícios aeróbicos como caminhada, corrida ou natação ajudam a “acordar” o intestino. Uma vida muito parada pode contribuir para a lentidão intestinal.


3. Uso de medicamentos

Alguns remédios têm como efeito colateral o intestino preso:

  • Suplementos de ferro e cálcio.

  • Antidepressivos.

  • Antiácidos com alumínio.

  • Analgésicos opioides (como codeína ou morfina).


4. Estresse e ansiedade

O intestino é altamente sensível ao sistema nervoso. Momentos de estresse crônico, mudanças de rotina ou ansiedade intensa podem alterar o ritmo intestinal. É comum que pessoas com distúrbios de humor relatem constipação frequente.

5. Alterações hormonais

O intestino pode ficar mais lento em fases como:

  • Gravidez (efeito da progesterona).

  • Menopausa.

  • Hipotireoidismo Essas alterações hormonais afetam diretamente o peristaltismo intestinal.

Sinais de alerta que merecem atenção

Em muitos casos, o intestino preso é funcional e benigno. Mas é importante ficar atento a alguns sinais que podem indicar doenças associadas. Nesses casos, a constipação não deve ser tratada apenas com mudanças de dieta ou laxantes.

  • Perda de peso sem explicação.

  • Sangue nas fezes ou fezes muito escuras.

  • Anemia inexplicada.

  • Dor abdominal persistente.

  • Histórico familiar de câncer de intestino.

  • Constipação recente e progressiva em idosos.

Diagnóstico e exames recomendados

O diagnóstico do intestino preso é, na maioria, clínico. Mas quando os sintomas são persistentes ou atípicos, o médico pode solicitar exames para investigar possíveis causas orgânicas.

  • História clínica completa: frequência das evacuações, consistência das fezes, uso de laxantes.

  • Exame físico: toque retal, avaliação abdominal.

  • Colonoscopia: indicada em pessoas com mais de 50 anos ou com fatores de risco.

  • Exames de sangue e hormonais: avaliam anemia, distúrbios da tireoide e marcadores inflamatórios.

  • Trânsito colônico: analisa o tempo que as fezes levam para atravessar o intestino.

Tratamentos e medidas que ajudam

O tratamento do intestino preso depende da causa identificada. Em muitos casos, é possível melhorar o quadro com medidas simples e mudanças no estilo de vida. Em outros, pode ser necessário o uso controlado de medicamentos.

  • Aumentar a ingestão de fibras: aveia, chia, linhaça, mamão, ameixa, vegetais folhosos.

  • Beber mais água: cerca de 2 litros por dia, especialmente se estiver aumentando as fibras.

  • Atividade física regular: ao menos 30 minutos por dia.

  • Evitar segurar a vontade de evacuar.

  • Evitar uso frequente de laxantes sem orientação médica.

  • Probióticos: ajudam a equilibrar a flora intestinal.

Quando procurar um médico

Se o intestino preso estiver afetando sua qualidade de vida, não hesite em procurar ajuda. O médico pode orientar sobre a melhor forma de tratar o problema, avaliar possíveis causas ocultas e indicar o especialista adequado, como o gastroenterologista ou o proctologista.

Busque atendimento se:

  • A constipação for persistente, mesmo com mudanças na alimentação.

  • Houver sinais de sangue nas fezes.

  • Você sentir dor frequente ou inchaço abdominal.

  • Estiver usando laxantes com frequência para conseguir evacuar.

  • Existirem fatores de risco familiares para doenças intestinais.

Conclusão

O intestino preso pode parecer um problema simples, mas deve ser observado com atenção. Mudanças no estilo de vida fazem muita diferença, mas em alguns casos, é preciso investigar causas mais profundas. Prestar atenção aos sinais do seu corpo, manter uma alimentação equilibrada e buscar ajuda médica quando necessário são atitudes essenciais para manter sua saúde intestinal em dia.

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