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SRAG: o que é, quais os sintomas e como tratar a síndrome respiratória aguda grave


A síndrome respiratória aguda grave, conhecida pela sigla SRAG, é uma condição respiratória potencialmente fatal que pode acometer pessoas de todas as idades, sendo mais comum e perigosa em grupos vulneráveis como idosos, crianças pequenas, gestantes e pacientes com doenças crônicas.


A SRAG ganhou maior visibilidade durante a pandemia de COVID-19, mas é causada por diversos tipos de vírus respiratórios, como o influenza (gripe), o vírus sincicial respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2.


Neste artigo do Medicina Atual, você vai entender o que é a SRAG, como ela se diferencia de infecções respiratórias comuns, quais são os sinais de alerta, os exames utilizados no diagnóstico, as estratégias de tratamento e as formas de prevenção.


O que é SRAG?


A SRAG (síndrome respiratória aguda grave) é uma infecção respiratória que causa sintomas intensos nas vias aéreas inferiores, especialmente nos pulmões, levando a dificuldade respiratória importante e necessidade de hospitalização.


A definição técnica, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, é a presença de febre (mesmo que referida), tosse, e dificuldade respiratória, associadas a saturação de oxigênio menor que 95%, desconforto respiratório ou infiltrado pulmonar identificado em exame de imagem, com necessidade de internação hospitalar.


Quais são as principais causas de SRAG?


A SRAG pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, principalmente vírus, mas também por bactérias ou, em alguns casos, por agentes fúngicos.


Os principais causadores incluem:

  • Influenza A e B (vírus da gripe);

  • SARS-CoV-2 (coronavírus causador da COVID-19);

  • Vírus sincicial respiratório (VSR);

  • Adenovírus;

  • Metapneumovírus;

  • Bactérias como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.

A infecção pode evoluir rapidamente, sobretudo em pessoas com sistema imunológico fragilizado, sendo uma das principais causas de internação por doenças respiratórias.

Qual é a diferença entre gripe, COVID-19 e SRAG?

Nem toda gripe ou infecção por COVID-19 evolui para SRAG. A maioria das pessoas apresenta formas leves e autolimitadas da doença. No entanto, em casos mais graves, os sintomas se intensificam e atingem os pulmões de maneira crítica, caracterizando um quadro de SRAG.

Comparativo:

Característica

Gripe / COVID-19 Leve

SRAG

Febre

Presente

Presente

Tosse

Leve a moderada

Intensa

Falta de ar

Rara ou leve

Frequente e grave

Saturação de O₂

Normal

Abaixo de 95%

Hospitalização

Não costuma ser necessária

Frequentemente necessária

Quais são os sintomas da SRAG?

Os sintomas da síndrome respiratória aguda grave geralmente se instalam de forma rápida e intensa, exigindo avaliação médica urgente.

Sintomas mais frequentes:

  • Febre persistente;

  • Tosse intensa, seca ou produtiva;

  • Dificuldade para respirar;

  • Frequência respiratória aumentada (taquipneia);

  • Dor ou pressão no peito;

  • Saturação de oxigênio abaixo de 95%;

  • Confusão mental ou sonolência em idosos;

  • Lábios ou unhas azuladas (cianose);

  • Letargia e recusa alimentar em crianças pequenas.

Na presença desses sinais, o ideal é buscar atendimento médico imediato, pois a SRAG pode evoluir rapidamente para insuficiência respiratória.

Como é feito o diagnóstico da SRAG?

O diagnóstico da SRAG envolve a avaliação clínica dos sintomas, medição da saturação de oxigênio e exames complementares, incluindo:

  • Gasometria arterial (avalia o oxigênio no sangue);

  • Raio-X de tórax ou tomografia computadorizada (detectam inflamações pulmonares);

  • Testes para detecção viral, como RT-PCR para influenza ou SARS-CoV-2;

  • Exames laboratoriais (hemograma, PCR, função renal).

A partir desses dados, os profissionais de saúde classificam a gravidade do quadro e definem a necessidade de internação em enfermaria ou UTI.

Quem tem maior risco de desenvolver SRAG?

Alguns grupos apresentam maior risco de evoluir para SRAG após uma infecção respiratória viral ou bacteriana:

  • Idosos, especialmente acima de 60 anos;

  • Crianças menores de 5 anos, especialmente lactentes;

  • Gestantes e puérperas;

  • Pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão, doenças pulmonares, cardíacas ou renais);

  • Pessoas imunossuprimidas (HIV, câncer, uso de imunossupressores);

  • Obesos mórbidos.

Nesses casos, a vacinação anual contra influenza e COVID-19, além de medidas de proteção, é fundamental.

Como é o tratamento da SRAG?

O tratamento da SRAG varia conforme o agente causador e a gravidade da condição. Em todos os casos, o objetivo é estabilizar a função respiratória, tratar a infecção e prevenir complicações.

Principais condutas:

  • Oxigenoterapia suplementar;

  • Ventilação mecânica, se necessário;

  • Hidratação venosa;

  • Antibióticos ou antivirais, dependendo da causa;

  • Medicações para febre e desconforto respiratório;

  • Monitoramento em ambiente hospitalar ou UTI.

Casos leves podem ser monitorados em ambiente ambulatorial, mas a maioria dos pacientes com SRAG necessita internação imediata.

Como prevenir a SRAG?

A prevenção da SRAG depende de estratégias combinadas, principalmente em períodos de maior circulação de vírus respiratórios, como o outono e inverno.

Medidas preventivas eficazes:

  • Vacinação anual contra a gripe e COVID-19;

  • Higienização frequente das mãos;

  • Uso de máscara em locais fechados ou com aglomeração;

  • Evitar contato com pessoas doentes;

  • Manter o esquema vacinal atualizado em crianças e idosos;

  • Buscar atendimento precoce diante de sintomas respiratórios.

Para os profissionais de saúde, é fundamental notificar casos suspeitos de SRAG para fins de vigilância epidemiológica.





Qual a importância da notificação dos casos de SRAG?

A SRAG é uma doença de notificação compulsória, ou seja, todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser informados às autoridades de saúde pública. Essa ação é essencial para:

  • Monitorar surtos e epidemias;

  • Distribuir recursos de forma adequada;

  • Controlar a disseminação de vírus respiratórios;

  • Identificar novas variantes ou agentes emergentes.

O sistema de vigilância permite que o Ministério da Saúde emita alertas sazonais e campanhas de vacinação específicas para cada período do ano.

Conclusão

A SRAG (síndrome respiratória aguda grave) é uma condição que exige atenção imediata e tratamento especializado. Saber reconhecer os sinais de alerta — como falta de ar, febre persistente e saturação baixa — pode salvar vidas, especialmente em grupos vulneráveis.

Com a vacinação adequada, hábitos de higiene e assistência médica precoce, é possível prevenir a evolução de quadros respiratórios comuns para formas graves, protegendo a saúde da população e reduzindo as taxas de internação.

Se você ou alguém próximo apresentar sinais de dificuldade respiratória, procure atendimento sem demora.

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